O ex-prefeito de São Paulo e atual candidato a governador pelo PSDB, João Doria, afirmou que, caso seja eleito, a partir de 1º de janeiro a política vai atirar para matar.
“Não façam enfrentamento com a Polícia Militar nem a Civil. Porque, a partir de 1º de janeiro, ou se rendem ou vão para o chão”, disse à rádio Bandeirantes. “Se fizer o enfrentamento com a polícia e atirar, a polícia atira. E atira para matar”, afirmou.
Segundo reportagem da Folha, a afirmação contraria o método Giraldi, seguido pela polícia paulista. O método prevê que o mais desejável é ferir o criminoso, sem matá-lo.
Doria tem tentado se aproveitar da popularidade de Jair Bolsonaro e feito discursos no tom do capitão. Segundo matéria do jornal O Globo, dentro do PSDB o ex-prefeito é acusado de se aproximar de pessoas ligadas a Bolsonaro.
A discussão aconteceu após um cartaz de campanha de Doria com o título “Contagem Regressiva. Faltam 15 dias para você mudar São Paulo” – o qual, segundo Alberto Goldman, não faz qualquer referência “ao candidato a presidente nem ao partido, depois de 24 anos de nossos governos”.
Nesta terça-feira (2), o ex-prefeito gravou um vídeo no Facebook no qual não menciona Bolonsaro, mas afirma que não apoiará Fernando Haddad num eventual segundo turno. “Aqui é verde e amarelo, chega de vermelho, chega de PT”, disse o tucano.
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