Nesta semana dois acontecimentos graves marcaram nossa vida política. A ameaça do candidato Bolsonaro de não reconhecer os resultados das urnas, aliás reiterada numa entrevista num avião voltando para o Rio. E a censura imposta a Lula, que viola a Constituição e a liberdade de expressão. E o mais grave: o conluio, o apoio que um jornal como O Estado de S. Paulo deu à decisão de um ministro do STF que censurou Lula, a liberdade de expressão e de imprensa.
Ou seja, liberdade de imprensa só para eles, para nós não. Para os democratas que se opõem ao autoritarismo, não.
O mais grave, o outro acontecimento: a tentativa de nos impor a pauta, agenda deles econômica. O chamado mercado, por seus porta-vozes, insistem que nós temos que nomear já um ministro da Fazenda – nós eu digo o PT, PCdoB, o PROS, o candidato Fernando Haddad.
E tem que adotar a agenda deles, continuar a política econômica de Temer. É o terceiro turno. Eles vão perder no primeiro, no segundo e vão querer um terceiro turno.
Ou vão negar o resultado das urnas como fez Aécio Neves e o PSDB e depois caminharam para o impeachment, para o desastre do governo Temer, ou vão querer nos impor a agenda deles, que é a austeridade, corte de gastos, privatizações.
As escandalosas privatizações, como na era Fernando Henrique. Patrimônios como da Vale vendidos por R$ 3,3 bilhões e ainda aceitando moedas podres e depois desconto no imposto de renda do ágio que foi pago. Uma entrega do patrimônio nacional.
A agenda deles, de não fazer reforma tributária, de não abaixar os juros. O Brasil precisa de uma reforma tributária, na qual os que ganham mais paguem mais e os que ganham menos paguem menos.
Para se ter uma ideia, 70 mil famílias pagam em média 6% do imposto de renda. São os mais ricos do Brasil. Enquanto a classe média paga 12%. E o pior é que querem apresentar para nós proposta de uma agenda de austeridade que leva à recessão, ao desemprego, à destruição da saúde e educação públicas como fizeram com Dilma, que foi fazer um ajuste, eles defenderam esse ajuste, quando ela começou a fazê-lo eles se opuseram e jogaram parcela da população contra a presidenta.
Ou seja, eles nos propõem uma agenda de austeridade. Se aceitamos e aplicamos, mobilizam parte da sociedade, classes médias, para depois derrubar governo como fizeram com Dilma.
O PT já tem experiência, já sabe qual é o jogo da direita no Brasil. Perdida a eleição, editoriais de jornais, economistas, empresários começam a clamar para que nós façamos a política deles, a política que o povo está rejeitando nas urnas.
O povo quer outra política econômica: aquela do Lula que fez o Brasil crescer, com emprego, distribuir renda, combater pobreza, abrir as universidades para os trabalhadores. É essa política econômica que o povo quer de volta.
É o Brasil crescendo autônomo, soberano no mundo. É o Brasil integrando a América do Sul, o Lula com presença como líder no mundo. Essa é a memória do povo dos tempos de Lula, do legado de Lula. Por isso que Fernando Haddad vai para o segundo turno.
Por tanto, meus amigos, nada de aceitar agenda, pauta. Nada de concordar com esse terceiro turno. Um é golpe, porque querem dizer que a eleição será uma fraude e não aceitarão o resultado. O outro é como se tivessem ganhado a eleição. Quem ganha a eleição aplica o programa aprovado pelo povo.
Muito obrigado.
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remajr says:
Dirceu, tudo isso já sabemos. Você esteve lá e negociou o pacto, também como nós sabemos, traiu toda a base de transparência e honestidade que sempre apregoou Vocês tinham o poder e apenas negociaram o seus futuros. Uma negociação pelega. Alias o que os salvaria o seu PT, o seu partido, seria mudar seu nome para PS – Partidos dos Sindicalistas, porque o PT vocês mataram. E eu não posso nem dizer que é o meu partido. Estou desempregado. Não pago Sindicato e isso não interessa a vocês.
Joaquim Barbosa Bolsonaro says:
Zé do Mensalão, você mente para enganar os outros ou a si mesmo?
Mauricio Lemos says:
Que pacto cara? O de sangue? Do dinheiro bloqueado e a liberdade do palhoci? Quem acredita em delação pura e simples é tão leviano quanto quem as produz.
Esse é o ano que os trabalhadores podem chegar ao poder sem a macula do presidencialismo de coalizão, pense niddo antes de baixar a guarda.
Abço