Publicado na página de Claudio Guedes (*)
A seção Tendências e Debates, da página 3 da Folha, costuma trazer sobre um assunto dois pontos de vistas diferentes, para que o leitor analise e ele, leitor, se posicione.
Hoje, 23/09, temos apenas uma posição em dois artigos. Na linha da catilinária batida pelos desesperados tucanos & associados: a farsa que Haddad e Bolsonaro representam “extremos”.
São os autores: José Álvaro Moisés e Rubens Figueiredo (“A democracia corre risco?”), e Roberto Giannetti da Fonseca
(“O desastre dos extremos”).
Ambos idênticos.
Fernando Haddad, segundo o professor aposentado José Álvaro Moisés, é pintado como alguém que prega a desqualificação e a desconfiança de instituições fundamentais à democracia como a Justiça, o Parlamento e as regras de competição eleitoral.
Da onde ele retirou isso? Que falta de vergonha. Bateu o desespero nos hostes tucanas e suas penas de aluguel. Perderam a compostura.
Gianetti da Fonseca fala em “corrupção sistêmica nos últimos 14 anos”. Ele, ex-coordenador-geral do programa de governo da candidatura de João Doria (PSDB), é suspeito de integrar esquema de pagamento de propina a membros do CARF para ajudar a siderúrgica Paranapanema a se livrar de débitos aplicados pelo Fisco, em 2014. O prejuízo apurado pelos investigadores, em valores atualizados, é de R$ 650 milhões. Por causa da denúncia, se afastou da campanha de Doria.
Uma coisa é fato: de corrupção Gianetti entende.
E a Folha?
Rasgou o Manual?
Rasgou o que lhe restava de credibilidade também. O que sobrava. Não muito. Bateu o desespero geral.
Vão aprontar.
*Claudio Guedes é físico e empresário, nascido em Salvador, Bahia.
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joao sigrist says:
Este folhetim ja perdeu a credibilidade e compostura faz tempo. Os resquicios de credibilidade ficaram no seculo passado.