Digitais de Aécio e Anastasia estão nas cinzas do Museu e no processo de destruição do Brasil.

Não foi só nas cinzas do Museu Nacional que Aécio e Anastasia deixaram suas impressões digitais. Elas estão em cada escombro do processo de destruição do Brasil nos últimos dois anos.

Além de terem sido pivôs fundamentais do golpe de Estado que derrubou Dilma, os tucanos mineiros Aécio Neves e Antonio Anastasia ainda têm dívidas maiores a acertar com o Brasil e com os brasileiros.

A tragédia do incêndio do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, aconteceu graças à aprovação da PEC do Teto dos Gastos – na qual ambos os parlamentares mineiros votaram.

A emenda, que congela os gastos públicos por 20 anos, é diretamente responsável pela falta de recursos repassados ao Museu e pela falta de manutenção da instituição, além do sucateamento da educação, cultura, ciência e saúde.

Além das cinzas do Museu Nacional, Aécio e Anastasia deixaram suas impressões digitais em cada escombro do processo de destruição do Brasil nos últimos dois anos: apoiaram pessoal e diretamente a alta do desemprego, a volta da miséria, da fome e de doenças que já tinham sido erradicadas.

E ambos são cúmplices da entrega à iniciativa privada das mais importantes propriedades nacionais, como as ricas jazidas do pré-sal, a venda da Embraer à Boeing e do sepultamento de conquistas trabalhistas que custaram décadas de lutas e sacrifícios ao povo brasileiro.

No caso específico da tragédia do Museu, o pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da UFRJ, Alexandre Fortes, explica a dimensão das tragédias provocadas pela legislação aprovada pelos golpistas.

Segundo Fortes, o incêndio do Museu Nacional, “acima de tudo, escancara o caráter criminoso das políticas de ‘austeridade’ transformadas em emenda constitucional. Para que nunca mais se repita a ‘aventura’ de gastar com educação, saúde, cultura, ciência e tecnologia. Especialmente depois que se comprovou que esses gastos podem fazer a economia girar em favor do desenvolvimento e da redução da desigualdade”.

O pró-reitor também questiona: “Um país que deixa de vacinar suas crianças, que assiste ao crescimento da mortalidade infantil, que assassina 60 mil pessoas por ano, que vai colocar um psicopata imbecil que ensina crianças de colo a atirar no segundo turno, vai por acaso investir em cultura e ciência?”.
“Gente ‘séria e responsável’ do país certamente ficará aliviada ao continuar a visitar o Louvre, o Metropolitan e British Museum sabendo que a gentalha não terá mais nem o gostinho de ver uma múmia ou um dinossauro por oito reais num lindo espaço público da Zona Norte do Rio”, continua Fortes.

E o pró-reitor conclui, alertando que “o aparato político, midiático, policial e judiciário golpista já dá todos os sinais de que vai se apropriar dessa calamidade para lançar uma nova ofensiva contra as instituições públicas de ciência e tecnologia, seus servidores e dirigentes”.

Mas a dívida dos golpistas com a população brasileira não termina aí. Aécio e Anastasia também participaram ativamente das articulações para garantir a aprovação da reforma trabalhista, que provocou um tsunami de desempregos no Brasil. Segundo dados do IBGE, já temos 65 milhões de brasileiros desempregados, subempregados, novos biscateiros e pessoas que desistiram de procurar trabalho.

A explosão do desemprego e do subemprego provoca uma demanda muito maior pelos serviços de proteção social, como a saúde, a educação, segurança alimentar, renda mínima, etc. O congelamento do teto de gastos por 20 anos impede o atendimento dessas demandas, o que amplia o caos e o sofrimento de milhões.

Aécio e Anastasia também estiveram na linha de frente das articulações para transferir a maior parte da exploração do pré-sal, assim como os seus fabulosos lucros para empresas estrangeiras.

Grande parte do dinheiro que poderia ir para a educação e a saúde no Brasil está sendo canalizada para empresas dos Estados Unidos, Reino Unido, Holanda, França e China. A abdicação das imensas fortunas produzidas pelo pré-sal ocorre por irresponsabilidade, falta de senso público e descompromisso com o Brasil de gente como Aécio Neves e Antonio Anastasia.

Essa é a dívida que Aécio e Anastasia penduraram na conta não só dos mineiros, mas dos mais de 200 milhões de brasileiros. Dívida que ambos terão que pagar, mais dia menos dia.

O primeiro acerto de contas de Minas Gerais com os dois farsantes vai acontecer dentro de um mês, nas eleições de 7 de outubro. É ali, diante da urna eletrônica, que vamos começar a cobrar o que eles nos devem.