O governo de Michel Temer, neste ano de 2018, cortou da educação pública 3,1 bilhões de reais do orçamento da União.
Nesses últimos anos, o país discutiu fortemente vários elementos para o seu desenvolvimento. Uma das coisas mais importantes que foram feitas no Brasil, inclusive na forma de lei, foi o Plano Nacional da Educação (PNE).
O PNE fala de muitos objetivos, de muitas metas. Mas, uma delas é muito importante para a realização de todas as outras, que é aumentar o investimento em educação e principalmente em educação pública.
A meta do PNE é que o Brasil faça um esforço, ao longo de dez anos, de destinar para a educação pública o equivalente a 10% do seu Produto Interno Bruto (PIB). Hoje, a parcela destinada a educação atinge cerca de 5,5% a 6% do PIB.
É muito pouco para um país que tem um déficit educacional tão grave. Mais da metade das escolas brasileiras não dispõem do mínimo para funcionar.
E que mínimo é esse?
Água, esgoto, luz elétrica, sala de leitura, biblioteca e, claro, sala de aula com professores. Esse conjunto falta para as escolas brasileiras.
O governo faz propaganda dizendo que está fazendo a reforma do ensino médio mas que, sinceramente, não existe a não ser na propaganda governamental.
O governo deveria cuidar para que as escolas de ensino médio no Brasil pudessem ter o mínimo para funcionar.
Mais de 40% das escolas brasileiras de ensino médio não possuem laboratório de ciências. Área de Internet, 20% das escolas brasileiras de ensino médio não dispõem de acesso à rede.
Como fazer uma reforma no ensino médio se os investimentos necessários para equipar e manter as escolas, com as mínimas condições de funcionamento, não existem. Isso precisa ser revisto e precisa ser denunciado.
O governo brasileiro, neste ano de 2018, cortou da educação 3,1 bilhões de reais do orçamento da União. Isso é muito sério, é muito grave. Vai na contramão do esforço e daquilo que o Brasil combinou em matéria de um esforço maior destinado para a educação e que, neste momento, está sendo desmontado pelas atitudes do governo federal.
Reverter esse processo é uma luta que os brasileiros devem travar. Nós temos que compreender de uma vez por todas que só haverá desenvolvimento com justiça social e com equidade se nós garantirmos as condições de desenvolvimento educacional do país.
E isso precisa ser feito com a mobilização de todos nós.
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