Por Carlos Frederico Rocha, do Instituto de Economia da UFRJ
A crise dos caminhoneiros vem mostrar o absurdo que é a política de preços adotada pela Petrobras. A política de preços da Petrobras toma como única referência o mercado internacional. Então o preço do diesel no Brasil é definido pelo preço negociado no mercado internacional. Será que é sempre assim?
Não, a maior parte das empresas internacionais tem políticas de preços alternativas a essa. Então não é verdadeiro que, se não adotar a política de preços do mercado internacional, estaremos desviando de processos de formação de preços de algum nível de eficiência.
E a política de preços ainda cria duas instabilidades: a primeira instabilidade é criada pela volatilidade dos preços do petróleo do mercado internacional. A segunda, pela taxa de câmbio.
Então qual foi a solução dada por esse governo à crise dos caminhoneiros? A solução foi a criação de um subsídio ao diesel. E de onde sairão esses recursos? De setores como saúde, educação, ciência e tecnologia, políticas sociais.
Então estamos financiando combustíveis com recursos que deveriam ser destinados a atividades muito mais nobres. E o que é pior: parcela dos derivados de petróleo é importada. 25% do nosso diesel é importado. Isso significa que estamos simplesmente financiando empresas no exterior.
E essa política de preços é tão absurda que não precisava ser assim. Como era antes do senhor Pedro Parente assumir a presidência da Petrobras? O Brasil produz petróleo e exporta petróleo. O que o Brasil fazia era pegar o petróleo necessário para seu consumo, levar para as refinarias da Petrobras e depois levar para os postos de gasolina.
E como isso é feito agora? Pegamos o mesmo petróleo produzido pela Petrobras e enviamos para o exterior. E depois importamos o diesel. No entanto, as refinarias da Petrobras estão com capacidade ociosa. Elas poderiam estar produzindo mais e não estão porque Pedro Parente quer garantir a política de preços internacionais.
Isso está equivocado. Traz prejuízos ao país e inclusive aos acionistas da Petrobras. A Petrobras poderia ter ganhos de escala se usasse as próprias refinarias. Então a pergunta é: para que manter a política de preços da Petrobras?
Reivindicação central dos caminhoneiros deveria ser "Fora, Pedro Parente"
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José Eduardo Garcia de Souza says:
Mais uma vez, se vocês realmente têm amor à democracia, não em,b arquem nesta canoa furada, não caiam nesta fiúza, não tentem se apossar de uma pauta que não vai funcionar e, caso funcionasse, seria o fim da esquerda no Brasil por bom tempo. Em primeiro lugar, os caminhoneiros não estão nem aí para a CUT e quejandos, e há grupos dentro deles que a rejeitam liminarmente e não a querem ver associada a eles. Por trás desta “greve” há, na verdade, uma tentativa de golpe de estado – desejado por grupos de extrema direita e alguns sites ditos “jornalísticos” (alguns mesmo associados a empresas financeiras) que só querem usá-la para tentar forçar uma intervenção militar que atinja o Executivo, o Legislativo e o STF, bem como altas astronômicas do dólar – de mãos dadas com um locaute gerado por patrões inescrupulosos, Ou seja, caso ela vingue, não vai ser só o governo que cai, mas sim todos os três poderes e o país vai parar na mão de brucutus e hidrófobos entre cujas primeiras providências estará, garanto, a eliminação das esquerdas, seja por censura seja por métodos conhecidos e que ninguém em sã consciência deseja.
Elson de Mendonça Ribeiro says:
Zé , deixa de cagaço. Quem tem medo de cagar não come ! É hors de ir à luta e conseguir mudar a politica de preços e de destruição da Petrobrás!!