Militantes a favor de Lula fazem vigília na frente da PF em Curitiba

A cidade de Curitiba, no Paraná, será será um centro da resistência democrática após a prisão do ex-presidente Lula. Desde a última noite (7), após o anuncio de que o ex-presidente se apresentaria às autoridades da operação Lava Jato, apoiadores de Lula começaram a se reunir nos arredores da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR). Eles atendem ao chamado feito pela Frente Brasil Popular para a montagem de um acampamento que ficará em vigília permanente em defesa da democracia e pela liberdade de Lula.
Segundo a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, caravanas de outros estados brasileiros estão a caminho de Curitiba: “Só sairemos daqui quando Lula sair”, disse a presidente.
Regina Cruz, presidenta estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT/PR), disse que as organizações populares garantirão a estrutura necessária para uma vigília permanente. “A mobilização está bonita. Já temos uma estrutura de barraca. Muitos companheiros aqui do bairro estão ajudando, abrindo a porta das suas casas. Temos água, comida, nada vai faltar para os companheiros e companheiras. É uma vigília permanente, não tem data nem hora pra terminar. Esse pessoal que está aqui hoje já não sai mais daqui e vai ficar por tempo indeterminado”, afirmou.
Mais: Fernando Morais: O Lula que eu conheci
Repressão em Curitiba
Oito pessoas ficaram feridas durante as manifestações ocorridas com a chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Curitiba; três dos oito feridos são crianças, um é policial militar e os demais são manifestantes favoráveis ao ex-presidente; enquanto manifestantes gritavam por democracia, a polícia disparou balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio; “os policiais agiram de forma criminosa”, diz o deputado Marco Maia (PT-RS)
O senador Lindbergh Farias (PT), que está em Curitiba, afirmou que a militância não vai se intimidar: Hoje Lula mostrou que Moro é pequeno, e ele é gigante. Curitiba vai ser a capital da resistência”.