A procuradora Eloisa Arruda assume nesta quarta-feira (31/5) a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo.
“Nós vamos trabalhar para acolher essas pessoas [da Cracolândia]. Se estamos falando de direitos humanos, estamos falando de garantia da dignidade humana. E essas pessoas estão sobrevivendo em situações de indignidade por vezes”, declarou, em entrevista coletiva.
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Depois da operação, aumentou a concentração de pessoas procurando por abrigo na Praça Princesa Izabel (Foto: Juarez Santos/Fotos Públicas)
A ex-secretária, a vereadora Patrícia Bezerra (PSDB), renunciou ao cargo na quinta-feira passada (25/5), depois de criticar publicamente as ações da prefeitura e do governo estadual na Cracolândia.
O cargo estava sendo ocupado interinamente pelo secretário de Relações Institucionais, Milton Flávio. Thiago Amparo, secretário-adjunto, também pediu demissão.
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Foto: Divulgação/ Coletivo Autônomo Dos Trabalhadores Sociais (Catso)
O prédio da Secretaria de Direitos Humanos foi ocupado por militantes de defesa dos direitos humanos, que criticaram a maneira como a gestão removeu pessoas em situação de rua e dependentes químicos para tentar resolver o problema do crack no centro de São Paulo.
A ocupação permaneceu dois dias no local para reivindicar uma audiência com o secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Filipe Sabará.
Eloisa Arruda é procuradora de Justiça, ingressou no Ministério Público de São Paulo em 1985. Foi Secretária Estadual de Justiça de 2011 a 2014, durante o governo de Geraldo Alckmin.
Na terça-feira (30/5), o Tribunal de Justiça determinou a extinção e o arquivamento do pedido de busca e apreensão da Prefeitura, no caso da internação compulsória de dependentes químicos. A gestão havia pedido também para encaminhar à força de 80 a 100 pessoas da Cracolândia para avaliação médica.
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