Cartas de Curitiba – II
Prezado Fernando,
Anexo um texto sobre a crise atual, velha, do nosso “sistema penal e penitenciário”, retrato da falência de nossa política prisional e penal!
O incrível é que o atual ministro, o MPF, a PF, querem agravar seu caráter repressivo e punitivo!
Mas escrevo hoje para expressar sentimento pela morte de Mário Soares, nosso amigo e companheiro de luta de mais de 40 anos. Desde 74, quando a ditadura salazarista foi derrubada pela Revolução dos Cravos, Mário Soares se colocou à frente da solidariedade com os brasileiros exilados na Europa e pelo mundo, ele, Álvaro Cunhal, o PS e o PCP.
Eu estava lendo Casa Grande e Senzala de Gilberto Freyre, encantado com sua análise, quase um canto, sobre a formação – na colonização portuguesa – na presença do índio e do negro – de nossa nação brasileira, quando ouvi pela TV a notícia da morte de Mário Soares.
Imediatamente me veio à memória sua figura alegre, corajosa, altiva, amiga – suas lutas pela liberdade, pela construção do PS, na luta contra a ditadura, na prisão, na imprensa, no exílio, como primeiro Ministro e depois Presidente.
Sempre solidário conosco, com Lula, com o PT, como apoiou no exilio nossa luta e como amava o Brasil.
Estive muitas vezes com Mário Soares, mas duas me deixaram a marca de sua generosidade e coragem, seu espírito juvenil, isso mesmo, alegre e sempre confiante.
Cassado e fora do governo, convidado por Cândido Mendes fui à Universidade que leva seu nome e lá encontramos Mário Soares, me abraça, me consola, me apoia, de público, me defende!
De novo outra demonstração de solidariedade sincera, espontânea, estando eu em Portugal me convida para almoçar em seu restaurante predileto, me honra com demonstrações públicas de apoio e solidariedade.
Mário Soares fez história, de Portugal e da Europa, da nossa luta comum contra as ditaduras e pela liberdade.
Nos últimos anos esteve sempre presente nas lutas contra o neoliberalismo e a acomodação da Social Democracia, em 2002 estava no Fórum Social Mundial em Porto Alegre, quando a juventude que fez o “Occupy” esteve presente, sempre uma voz de denúncia, de apelo à luta, de esperança, sempre clamando por liberdade e justiça social, pela igualdade.
Transmita aos nossos amigos do PSP nossa mensagem de homenagem e reconhecimento.
Abraços
Zé.
Obs.: O texto segue 5a feira!
Anexo um texto sobre a crise atual, velha, do nosso “sistema penal e penitenciário”, retrato da falência de nossa política prisional e penal!
O incrível é que o atual ministro, o MPF, a PF, querem agravar seu caráter repressivo e punitivo!
Mas escrevo hoje para expressar sentimento pela morte de Mário Soares, nosso amigo e companheiro de luta de mais de 40 anos. Desde 74, quando a ditadura salazarista foi derrubada pela Revolução dos Cravos, Mário Soares se colocou à frente da solidariedade com os brasileiros exilados na Europa e pelo mundo, ele, Álvaro Cunhal, o PS e o PCP.
Eu estava lendo Casa Grande e Senzala de Gilberto Freyre, encantado com sua análise, quase um canto, sobre a formação – na colonização portuguesa – na presença do índio e do negro – de nossa nação brasileira, quando ouvi pela TV a notícia da morte de Mário Soares.
Imediatamente me veio à memória sua figura alegre, corajosa, altiva, amiga – suas lutas pela liberdade, pela construção do PS, na luta contra a ditadura, na prisão, na imprensa, no exílio, como primeiro Ministro e depois Presidente.
Sempre solidário conosco, com Lula, com o PT, como apoiou no exilio nossa luta e como amava o Brasil.
Estive muitas vezes com Mário Soares, mas duas me deixaram a marca de sua generosidade e coragem, seu espírito juvenil, isso mesmo, alegre e sempre confiante.
Cassado e fora do governo, convidado por Cândido Mendes fui à Universidade que leva seu nome e lá encontramos Mário Soares, me abraça, me consola, me apoia, de público, me defende!
De novo outra demonstração de solidariedade sincera, espontânea, estando eu em Portugal me convida para almoçar em seu restaurante predileto, me honra com demonstrações públicas de apoio e solidariedade.
Mário Soares fez história, de Portugal e da Europa, da nossa luta comum contra as ditaduras e pela liberdade.
Nos últimos anos esteve sempre presente nas lutas contra o neoliberalismo e a acomodação da Social Democracia, em 2002 estava no Fórum Social Mundial em Porto Alegre, quando a juventude que fez o “Occupy” esteve presente, sempre uma voz de denúncia, de apelo à luta, de esperança, sempre clamando por liberdade e justiça social, pela igualdade.
Transmita aos nossos amigos do PSP nossa mensagem de homenagem e reconhecimento.
Abraços
Zé.
Obs.: O texto segue 5a feira!

Isabel Santana says:
O Zé coerente, nobre e acima de tudo fiel a seus ideais, sabemos que para ele ser solto bastaria ele far um tantinho assim contra Lula, #JustiçaCanalha