Paulo Pimenta: Temer é suspeito, e não é de hoje

Em participação especial no Nocaute, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) descreve as relações de poder que blindam Michel Temer de denúncias e investigações

Imagens: Lula Marques

 

 

Por Paulo Pimenta

O jornalista Marcelo Auler, um dos melhores profissionais investigativos que temos no Brasil, traz um fato no mínimo intrigante. Boa parte dessas questões que estão presentes nas questões feitas pela Policia Federal ao presidente ilegítimo Fora Temer já são de conhecimento das autoridades, pelo menos desde o final do século passado.

Em pelo menos duas oportunidades, investigações da PF reuniram documentos que revelavam uma forte participação de Temer no esquema de caixinhas com empresas que atuaram no Porto de Santos, desde a época do governo FHC.

Nas duas oportunidades, munidos de farta documentação, pedidos de investigação contra Temer chegaram à Procuradoria-Geral da República.

Na primeira oportunidade, com Geraldo Brindeiro, o conhecido engavetador geral da República que, na época, engavetou e não permitiu que a investigação seguisse adiante.

Já em 2011, uma nova denúncia consistente, elaborada pela PF, trazia mais elementos e, mais uma vez, agora o procurador Roberto Gurgel determinou que fosse arquivado, e impediu que Michel Fora Temer fosse investigado.

Percebam como essas relações de poder subterrâneas, nas entranhas do poder, protegem esse esquema criminoso que hoje está no Palácio do Planalto há muito tempo. Assim como recentemente, outros questionamentos que Eduardo Cunha queria fazer para Temer através de sua defesa foram interceptados por Moro. A outra parte das perguntas foi Moro quem impediu que fossem feitas.

Por isso, podemos afirmar com tranquilidade: se não fosse a postura de Geraldo Brindeiro, Roberto Gurgel e Sergio Moro, tudo isso que o Brasil está sabendo agora, dos esquemas criminosos e clandestinos de Michel Temer, já poderiam ter se tornado motivo de denúncias para desmascarar esse esquema há muito tempo.

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