Parte 2 – <\/strong>Considera\u00e7\u00f5es sobre o livro branco do governo chin\u00eas que trata da epidemia do novo coronav\u00edrus<\/p>\n\n\n\n
![\"\"](\"https:\/\/nocaute.blog.br\/wp-content\/uploads\/2020\/08\/Xi-Jinping-em-Wuhan-a-10-de-marc\u0327o.jpg\")
<\/figure>\n\n\n\nA ideia geral desta s\u00e9rie sobre a pandemia do novo\u00a0 coronav\u00edrus era descrever a prote\u00e7\u00e3o aos mais pobres por diferentes tipos de estados. O primeiro cap\u00edtulo, em tr\u00eas partes, com uma reportagem na Rocinha, Rio de Janeiro, tratou da ajuda emergencial aos pobres do estado brasileiro, um pa\u00eds capitalista em desenvolvimento. Os artigos 4 e 5, do cap\u00edtulo 2\u00a0 analisaram os servi\u00e7os de prote\u00e7\u00e3o aos pobres no pa\u00eds capitalista mais rico do mundo, os EUA. O cap\u00edtulo 3 trata da China, um pa\u00eds socialista dirigido por um partido, o Partido Comunista da China. E tem duas partes: a primeira, o sexto dos sete artigos prometidos, descreveu, do ponto de vista dos dois mais altos dirigentes da pol\u00edtica externa americana, o presidente Donald Trump e seu secret\u00e1rio de Estado Mike Pompeo, o que seria a responsabilidade da China, o pa\u00eds onde a atual pandemia nasceu, por n\u00e3o ter cortado pela raiz a propaga\u00e7\u00e3o do novo coronav\u00edrus. Este \u00faltimo artigo da s\u00e9rie \u00e9 um coment\u00e1rio sobre o chamado \u201clivro branco\u201d do governo chin\u00eas sobre a crise do novo coronav\u00edrus no pa\u00eds. \u00c9 um documento extenso: tem\u00a0 mais de 70 p\u00e1ginas. O autor desta s\u00e9rie o leu, na vers\u00e3o da ag\u00eancia chinesa Xinhua, em ingl\u00eas. Traduziu para o portugu\u00eas com a ajuda do Google Translator e fez a revis\u00e3o final do texto assim produzido. E, com o editor do Nocaute, Fernando Morais, considerou \u00fatil para os brasileiros preocupados com o futuro do Pa\u00eds, a sua divulga\u00e7\u00e3o. O documento chin\u00eas \u00e9 ent\u00e3o apresentado como um anexo no encerramento da s\u00e9rie.<\/p>\n\n\n\n A hist\u00f3ria contada pelos chineses<\/strong><\/p>\n\n\n\n A pandemia da Covid 19, a doen\u00e7a causada por um v\u00edrus de tipo novo, come\u00e7ou na China, n\u00e3o h\u00e1 d\u00favida. O presidente americano Donald Trump e seu escudeiro, o secret\u00e1rio de Estado Mike Pompeo, como vimos nesta s\u00e9rie, disseram que os Estados Unidos foram atacados pelo v\u00edrus, porque a China, que deveria ter impedido a sua propaga\u00e7\u00e3o imediatamente, n\u00e3o o fez. Acusado publicamente, o governo chin\u00eas respondeu com um documento que chamou de \u201clivro branco\u201d, termo usado geralmente por institui\u00e7\u00f5es nacionais para aprofundar a an\u00e1lise de um problema e esclarecer sua posi\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n Parte da acusa\u00e7\u00e3o vem de uma boa hist\u00f3ria, mal contada pelo seman\u00e1rio ingl\u00eas, The Economist, na sua p\u00e1gina de obitu\u00e1rios, na edi\u00e7\u00e3o de 13 de fevereiro deste ano. Ela resume a vida do doutor Li Wenliang, oftalmologista do Hospital Central de Wuhan, que teria sido, diz a revista \u201cum dos primeiros a advertir sobre um novo coronav\u00edrus\u201d e morreu no dia 7 de fevereiro, internado naquele mesmo hospital, aos 33 anos.<\/p>\n\n\n\n A revista, a melhor de seu tipo pode-se dizer, \u00e9 de orienta\u00e7\u00e3o liberal e anticomunista e, talvez por esse motivo, deixou de ver aspectos essenciais da hist\u00f3ria, como procuraremos demonstrar. O m\u00e9dico estava no hospital, quando se formou ali, em isolamento, o primeiro grupo de doentes internados com os mesmos sintomas de pneumonia grave e o mesmo antecedente, de terem passado pelo mercado de frutos do mar da cidade. Habituado a repassar pela Weibo, uma rede social chinesa, as novidades do dia para um grupo de amigos egressos da mesma universidade de Wuhan, Wenliang postou, no final do dia 30 de dezembro, ligando a quarentena no hospital ao surto de SARS (Severe Acute Respiratory Syndrome, s\u00edndrome respirat\u00f3ria aguda grave) ocorrido na China entre 2002-2003, o seguinte texto: \u201cSete casos de SARS no Mercado Atacadista de Frutos do Mar de Wuhan\u201d. <\/p>\n\n\n\n Na mesma noite do dia 30 de dezembro, uma segunda feira, em fun\u00e7\u00e3o da repercuss\u00e3o do seu post que, como se diz, viralizou na internet, o m\u00e9dico foi chamado para dar explica\u00e7\u00f5es aos dirigentes do hospital. Foi criticado, mas n\u00e3o foi punido, multado ou afastado de sua posi\u00e7\u00e3o. E, na mesma semana, no dia 3 de janeiro, uma sexta-feira, foi chamado para um depoimento na pol\u00edcia. <\/p>\n\n\n\n Neste, diz a Economist, ele foi liberado depois de acabar fazendo duas afirma\u00e7\u00f5es: que concordava com a avalia\u00e7\u00e3o de que espalhar rumores que prejudicassem a ordem p\u00fablica era uma atividade ilegal; e que, se repetisse o feito, seria punido com base na lei. Essa hist\u00f3ria, gra\u00e7as ao grande alcance internacional da Economist, transformou Wenliang num her\u00f3i para os cr\u00edticos da China, tanto os ideol\u00f3gicos anticomunistas tradicionais, como os de ocasi\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n O necrol\u00f3gio de Wenliang na Economist \u00e9 um exemplo dos problemas dessa narrativa. Ele apresenta o m\u00e9dico, de modo convincente, como uma pessoa ing\u00eanua e de boa f\u00e9. E tamb\u00e9m um pouco descuidado e precipitado. Ele acabou morrendo no mesmo hospital no dia 10 de fevereiro depois de ter tratado um caso de infec\u00e7\u00e3o nos olhos grave, numa idosa de 82 anos, sem m\u00e1scara, por n\u00e3o ter percebido os sinais da pneumonia que ela apresentava e que acabou transmitindo a ele, justamente a nova doen\u00e7a. Wenliang se apressou na divulga\u00e7\u00e3o de seu post no dia 30: uma hora depois de t\u00ea-lo publicado, o corrigiu. A revista diz, a prop\u00f3sito dessa corre\u00e7\u00e3o: \u201cembora se tratasse de um coronav\u00edrus\u201d, como o da SARS, o v\u00edrus \u201cainda n\u00e3o havia sido identificado\u201d. <\/p>\n\n\n\n Como a Economist ou o doutor Wenliang poderiam saber que o v\u00edrus era do tipo coronav\u00edrus j\u00e1 no final do ano passado? As autoridades m\u00e9dicas do Hospital Central e da cidade de Wuhan colocaram sob quarentena um grupo de doentes com pneumonia grave, do in\u00edcio dessa nossa hist\u00f3ria, depois de examin\u00e1-los e com alguns exames laboratoriais entre meados e 27 de dezembro quando fizeram um primeiro comunicado de alerta sobre a doen\u00e7a. Mas notificaram que se tratava de \u201cuma pneumonia viral de origem desconhecida\u201d. <\/p>\n\n\n\n Uma pneumonia grave pode ter origem bacteriana. Mas a bact\u00e9ria \u00e9, comparativamente, bem maior, mais f\u00e1cil de identificar: um v\u00edrus, n\u00e3o; se mede em nan\u00f4metros, milion\u00e9simos de metro, e n\u00e3o em microsc\u00f3pios comuns, mas eletr\u00f4nicos. Um v\u00edrus e sua a\u00e7\u00e3o n\u00e3o se identificam por conjecturas, mas em observa\u00e7\u00f5es por pessoal especializado e processos t\u00e9cnicos e cient\u00edficos sofisticados. \u00c9 claro, tamb\u00e9m, que acima dessas inst\u00e2ncias, para se prevenir dos malef\u00edcios do v\u00edrus, \u00e9 preciso ter a dire\u00e7\u00e3o administrativa e pol\u00edtica correta, se se trata, como no caso, de um fato com claras repercuss\u00f5es nacionais e mesmo internacionais. E \u00e9 verdade tamb\u00e9m que esta dire\u00e7\u00e3o n\u00e3o pode se guiar, nas quest\u00f5es t\u00e9cnicas e cient\u00edficas, por sua pr\u00f3pria ignor\u00e2ncia \u2013 como foram os casos, no Brasil e nos EUA dos governo democr\u00e1ticos dos presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump. <\/p>\n\n\n\n Na luta contra o coronav\u00edrus, o exemplo dado pela China, dirigida pelo governo de um partido comunista presidido por Xi Jinping \u00e9 extraordin\u00e1rio, em diversos aspectos. Destacaremos dois pontos do livro branco chin\u00eas, come\u00e7ando por esse problema inicial: qual era o v\u00edrus?<\/p>\n\n\n\n No dia 27 de dezembro – tr\u00eas dias antes do post<\/strong> do doutor Wenliang, portanto – o Hospital Provincial de Medicina Chinesa e Ocidental de Wuhan relatou casos do que chamou \u201cpneumonia viral de causa desconhecida\u201d ao Centro de Preven\u00e7\u00e3o e Controle de Doen\u00e7as da regi\u00e3o. O governo da cidade de Wuhan reuniu especialistas locais para analisar esses casos atrav\u00e9s do exame das condi\u00e7\u00f5es e hist\u00f3ria dos pacientes, de investiga\u00e7\u00f5es epidemiol\u00f3gicas e de resultados preliminares de testes laboratoriais. A conclus\u00e3o foi a de que eram casos de uma \u201cpneumonia viral de causa desconhecida\u201d. Ou seja, era uma doen\u00e7a causada por v\u00edrus, mas n\u00e3o se sabia qual.<\/p>\n\n\n\n Tr\u00eas dias depois, a 30 de dezembro, quando o doutor Wenliang fez o seu post na Weibo, a Comiss\u00e3o de Sa\u00fade da Cidade de Wuhan emitiu um \u201cAviso Urgente\u201d sobre o tratamento de pacientes com a \u201cpneumonia de causa desconhecida\u201d. Ap\u00f3s tomar conhecimento desses fatos, a Comiss\u00e3o Nacional de Sa\u00fade da China, no \u00faltimo dia do ano, diz o documento chin\u00eas \u201cnas primeiras horas do dia 31\u201d, \u201ctomou provid\u00eancias para enviar um grupo de trabalho e uma equipe de especialistas a Wuhan para orientar sua resposta \u00e0 situa\u00e7\u00e3o e conduzir investiga\u00e7\u00f5es no local\u201d.<\/p>\n\n\n\n O site do hospital onde os doentes estavam internados divulgou logo a seguir uma Circular de Informa\u00e7\u00f5es instando a popula\u00e7\u00e3o a ficar longe de locais p\u00fablicos fechados com pouca ventila\u00e7\u00e3o e de locais onde grandes multid\u00f5es se reunissem e tamb\u00e9m sugeriu o uso de m\u00e1scaras na circula\u00e7\u00e3o de pessoas. <\/p>\n\n\n\n O caso, a seguir, tornou-se preocupa\u00e7\u00e3o nacional. A Comiss\u00e3o Nacional de Sa\u00fade da China formulou diretrizes sobre \u201cdetec\u00e7\u00e3o precoce, diagn\u00f3stico precoce e quarentena precoce para preven\u00e7\u00e3o e controle da pneumonia viral de causa desconhecida<\/em>\u201d. E, pouco depois, o Centro Chin\u00eas de Controle e Preven\u00e7\u00e3o de Doen\u00e7as e a Academia Chinesa de Ci\u00eancias M\u00e9dicas receberam o primeiro lote de amostras de materiais para exame, tirados de quatro pessoas do grupo de doentes de Wuhan e iniciaram o processo de identifica\u00e7\u00e3o do pat\u00f3geno.<\/p>\n\n\n\n No dia 3 de janeiro, quatro institui\u00e7\u00f5es de Wuhan iniciaram testes laboratoriais paralelos das amostras e dois dias depois o resultado desses exames foi divulgado e descartou pat\u00f3genos respirat\u00f3rios conhecidos: influenza, influenza avi\u00e1ria, adenov\u00edrus, coronav\u00edrus da SARS, e coronav\u00edrus da MERS, S\u00edndrome Respirat\u00f3ria do Oriente M\u00e9dio como causa da doen\u00e7a. A conclus\u00e3o final saiu mais dois dias depois, a 8 de janeiro, quando uma equipe especial designada pela Comiss\u00e3o Nacional de Sa\u00fade da China afirmou que o prov\u00e1vel causador da doen\u00e7a que surgia era, como o da SARS, um coronav\u00edrus, mas de novo tipo. E, no dia seguinte, essa informa\u00e7\u00e3o foi divulgada. Ao receber a informa\u00e7\u00e3o, a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade, a colocou em seu site e a aplaudiu: a identifica\u00e7\u00e3o de um novo coronav\u00edrus em um per\u00edodo t\u00e3o curto de tempo era, disse a OMS, \u201cuma conquista not\u00e1vel\u201d. E, no dia 12 de janeiro, o Centro de Controle e Preven\u00e7\u00e3o de Doen\u00e7as da China, a Academia de Ci\u00eancias M\u00e9dicas da China e o Instituto de Virologia de Wuhan, na condi\u00e7\u00e3o de ag\u00eancias designadas do Centro Nacional de Sa\u00fade da China, enviaram \u00e0 OMS a sequ\u00eancia de genes do genoma completo do novo coronav\u00edrus. Finalmente, entre os dias 18 e 19 de janeiro, uma equipe nacional de especialistas em medicina e controle de doen\u00e7as reunida em Wuhan pela Comiss\u00e3o Nacional de Sa\u00fade da China, ap\u00f3s exames, debates e delibera\u00e7\u00e3o, concluiu, no meio da noite do dia 19, que a transmiss\u00e3o do v\u00edrus entre humanos era a causa de sua r\u00e1pida dissemina\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n Wuhan \u00e9 uma grande cidade, tem cerca de 10 milh\u00f5es de habitantes. \u00c9 a capital de Hubei, uma das 22 prov\u00edncias da China, que tem perto de 60 milh\u00f5es de habitantes. Fechar a cidade e a prov\u00edncia, para entrada e sa\u00edda apenas de pessoas autorizadas, para evitar o espalhamento do v\u00edrus pelo pa\u00eds de pessoa para pessoa, como anunciado pelo presidente Xi Jinping a 22 de janeiro, foi a decis\u00e3o mais dr\u00e1stica das in\u00fameras que o governo chin\u00eas tomou. E desempenhou papel cr\u00edtico na vit\u00f3ria do povo chin\u00eas contra o v\u00edrus.<\/p>\n\n\n\n Foi necess\u00e1rio garantir o suprimento de bens e servi\u00e7os essenciais para os milh\u00f5es de moradores da cidade e da prov\u00edncia e, especialmente na capital, onde a determina\u00e7\u00e3o oficial era \u201cn\u00e3o sair de casa\u201d. Alimentos e outras necessidades dom\u00e9sticas tiveram que ser organizados. Wuhan tem 2,4 milh\u00f5es de domic\u00edlios: foi preciso montar um esquema de levar alimentos – gr\u00e3os, vegetais, carne, ovos e leite at\u00e9 as suas moradias, diz o livro branco chin\u00eas. O governo central chin\u00eas, os governos locais, 500 empresas, todas as associa\u00e7\u00f5es comunit\u00e1rias, todas as 4,6 milh\u00f5es de organiza\u00e7\u00f5es de base do Partido Comunista da China, todos os seus militantes foram chamados a participar, diz o livro branco. <\/strong>\u201cDe 27 de janeiro a 19 de mar\u00e7o, 928.800 toneladas de materiais de preven\u00e7\u00e3o e controle de epidemias e necessidades di\u00e1rias foram transportadas de todo o pa\u00eds para Hubei via ferrovia, rodovia, hidrovia, avia\u00e7\u00e3o civil e servi\u00e7os postais expressos. Tamb\u00e9m foram embarcados produtos a granel, como carv\u00e3o t\u00e9rmico e combust\u00edvel, totalizando 1,49 milh\u00e3o de toneladas\u201d, diz o documento chin\u00eas. \u201cA partir do fechamento, para Wuhan e Hubei tamb\u00e9m foram despachadas 346 equipes m\u00e9dicas compostas por 42.600 m\u00e9dicos e 965 trabalhadores de sa\u00fade p\u00fablica de todo o pa\u00eds e das for\u00e7as armadas\u201d. Diz ainda o documento num trecho que deveria ser lido pelo presidente Jair Bolsonaro, para tratar de sua mania de levar oficiais das For\u00e7as Armadas para Bras\u00edlia: \u201cO Ex\u00e9rcito de Liberta\u00e7\u00e3o do Povo (PLA) enviou mais de 4.000 m\u00e9dicos para Hubei para trabalhar no controle de epidemias. (…) A For\u00e7a A\u00e9rea do PLA despachou aeronaves para transportar suprimentos m\u00e9dicos de emerg\u00eancia. As equipes m\u00e9dicas foram formadas dentro de duas horas ap\u00f3s o recebimento do pedido e chegaram aos seus destinos dentro de 24 horas, carregando um estoque de sete dias de materiais de prote\u00e7\u00e3o. Na chegada, eles come\u00e7aram a tratar os pacientes imediatamente\u201d.<\/p>\n\n\n\n Nem tudo deu certo, o documento oficial admite isso, num trecho no qual destaca o papel do Partido Comunista da China. O partido e suas organiza\u00e7\u00f5es de base serviram como n\u00facleos de combate \u00e0 epidemia, diz o trecho do documento: \u201cCom a epidemia colocando as vidas e seguran\u00e7a humanas em perigo os membros do partido atuaram como a vanguarda: mais de 39 milh\u00f5es de membros do partido combateram o v\u00edrus na linha de frente e cerca de 400 defenderam a vida de outros com o sacrif\u00edcio de suas pr\u00f3prias vidas, E, em seguida, vem a admiss\u00e3o de erros: \u201cAs lideran\u00e7as da Cidade de Wuhan e da Prov\u00edncia de Hubei foram trocadas, com alguns dirigentes punidos por irresponsabilidade e n\u00e3o cumprimento do dever\u201d. O documento n\u00e3o entra em detalhes mas, por exemplo, sabe-se que o prefeito de Wuhan e o secret\u00e1rio geral do partido na cidade foram trocados. Um amigo ao qual o autor deste texto mostrou o documento chin\u00eas e falou dos afastamentos desses dois l\u00edderes de Wuhan foi fez o seguinte coment\u00e1rio: \u201cN\u00e3o seria o caso de a oposi\u00e7\u00e3o brasileira pedir o afastamento do presidente Jair Bolsonaro por seu comportamento grotesco na condu\u00e7\u00e3o de seu governo no combate a esta epidemia que, a essa altura j\u00e1 matou mais de 90 mil brasileiros?\u201d <\/p>\n\n\n\n \u00c9 uma boa id\u00e9ia. <\/p>\n\n\n\n![\"\"](\"https:\/\/nocaute.blog.br\/wp-content\/uploads\/2020\/08\/rua-central-de-Wuhan-apo\u0301s-o-fechamento-1024x682.jpg\")
<\/figure>\n\n\n\nN\u00fameros da pandemia da Covid 19: propor\u00e7\u00e3o de mortos por habitante, at\u00e9 agora, final de julho de 2020: China, 1 para cada 300 mil habitantes; Brasil, 100 vezes mais, 1 para cada 3 mil habitantes: e Estados Unidos, 150 vezes mais, 1 para cada 2 mil habitantes. Para entender como isso aconteceu \u00e9 preciso ver<\/strong><\/h3>\n\n\n\n
1. A identifica\u00e7\u00e3o do novo coronav\u00edrus<\/strong><\/h4>\n\n\n\n
2. O fechamento de Wuhan e de Hubei<\/h4>\n\n\n\n
Lutando contra a Covid-19: a China em a\u00e7\u00e3o, documento do Escrit\u00f3rio de Informa\u00e7\u00e3o do Conselho de Estado da Rep\u00fablica Popular da China, junho de 2020<\/h3>\n\n\n20200731-docchintrad-e-revisa\u0303o