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]]>“Ao Conselho de Paris,
Recebi com emoção o voto do Conselho de Paris que me concedeu o título de Cidadão de Honra. Agradeço de coração, especialmente à prefeita Anne Hidalgo, esse gesto de solidariedade ativa que alcança a todas e todos que defendem a democracia e a justiça no Brasil e sofrem as consequências dessa luta. É o povo brasileiro, não apenas este cidadão, que merece e precisa de sua proteção fraternal.
Paris ocupa na história da humanidade o elevado posto de guardiã perene dos direitos humanos. E o povo de Paris sempre foi generoso com os perseguidos do mundo, do que podemos dar testemunho nós, brasileiros, e nossos irmãos e irmãs da América Latina. Jamais esqueceremos o acolhimento que deram a toda uma geração exilada e o imprescindível apoio à luta pela democracia em nossa região.
É com tristeza que vemos as liberdades políticas e os direitos humanos outra vez cerceados no Brasil e no continente, depois de três décadas de construção da democracia e crescente realização de direitos dos trabalhadores, dos excluídos, das mulheres, dos negros, dos indígenas, das pessoas discriminadas e perseguidas. Vínhamos buscando o desenvolvimento socialmente e ambientalmente sustentável, o diálogo pela paz mundial e a cooperação entre países.
Este caminho foi interrompido por métodos antidemocráticos que incluem a manipulação do sistema judicial para a perseguição política, a interdição do debate nos meios de comunicação, a serviço de poderosos interesses econômicos e políticos, o envenenamento da sociedade pela disseminação industrial do ódio e da mentira nas redes sociais. Mas daqui onde me encontro, preservo a fé em nosso povo, que terá força e sabedoria para refazer o próprio destino. Sei que a verdade vencerá.
O acolhimento e a solidariedade que nos estende o povo de Paris, por meio deste Conselho, será mais uma vez de inestimável valia, para furar o muro de silêncio da mídia brasileira e para denunciar ao mundo os crimes que estão sendo cometidos contra a democracia em nosso país.
Muito obrigado, mais uma vez. Saudações fraternas,
Luiz Inácio Lula da Silva”
Curitiba, Brasil, 4 de outubro de 2019
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]]>E não parou aí. Disse ainda: “O Raoni fala pela aldeia dele, fala como cidadão, não fala por todos os índios não. É outro que vive tomando champanhe em outros países por aí”. Defendendo os garimpeiros, o presidente disse que empresas estrangeiras têm culpa pelo desmatamento da floresta e sugeriu que elas pagam propina para encobrir crimes ambientais.
“Vocês foram felizes no tempo do Figueiredo (João Baptista Figueiredo, o último presidente da ditadura). A legislação era outra e eu tenho de cumprir a lei. Por isso que eu digo a vocês: Se tiver amparo legal, eu boto as Forças Armadas lá”, disse.
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]]>Do G1
No encontro que tiveram em Osaka, na reunião do G20, o presidente Jair Bolsonaro ouviu uma proposta do presidente da França, Emanuel Macron:
“Você aceita se reunir comigo e com o Raoni [Metuktire, líder indígena]?”, perguntou o francês a Bolsonaro.
“Não”, respondeu de pronto o presidente brasileiro, explicando que Raoni “não representa o Brasil e sequer representa a comunidade indígena de onde veio”.
Líder da etnia kayapó, o cacique de 87 anos ganhou visibilidade internacional nas últimas décadas em sua luta pela preservação dos povos indígenas e da Amazônia.
Em maio, reuniu-se com Macron para promover sua luta contra o desmatamento da Amazônia e proteger o Parque Nacional Indígena do Xingu – reserva onde vivem vários povos indígenas – de madeireiros e do agronegócio. Raoni também foi recebido pelo Papa Francisco.
A conversa se deu na última sexta-feira (28), quando Bolsonaro garantiu a Macron que o Brasil vai honrar o Acordo de Paris, do qual é signatário. O compromisso do presidente foi apontado como fundamental para a assinatura do acordo Mercosul e União Europeia.
Logo após a eleição, Bolsonaro cogitou deixar o acordo climático, o que elevou a tensão nas relações com países como França e Alemanha onde há forte cobrança de cumprimento de normas ambientais.
Foi depois desta recusa a uma reunião com a presença de Raoni que o presidente Bolsonaro convidou Macron para sobrevoar a Amazônia, de Boa Vista a Manaus, cerca de uma hora e meia de voo “sem encontrar qualquer ponto de desmatamento”.
Ao revelar o diálogo com o presidente da França, “que começou mais tenso, mas o ambiente foi se desanuviando”, um assessor do Palácio do Planalto afirmou que o Brasil não vai mudar sua política ambiental, mas pretende mostrar que é cumpridor dos acordos firmados e da legislação como o Código Florestal.
“O presidente não vai baixar a cabeça e não vai aceitar a tutela de ninguém”, disse o porta-voz da Presidência, Otávio Rego Barros.
Segundo ele, o Brasil vai manter sua política em defesa do meio ambiente “sem radicalismos”.
Já o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, avalia que o Brasil pode melhorar sua comunicação sobre a questão ambiental, tendo como alvo, principalmente, a opinião pública em países da Europa. Ele disse que se há uma imagem negativa no Brasil lá fora ela é fruto de campanha de ONGs que, segundo ele “recebiam dinheiro a rodo e agora não recebem mais”.
O porta-voz Rego Barros também foi na mesma linha. “Há críticas ao ministro Salles porque ele meteu a mão em cumbuca que ninguém antes metia”, afirmou.
“As versões não correspondem aos fatos”, disse Salles.
Na discussão que culminou com a assinatura do acordo Mercosul-União Europeia, o Brasil conseguiu incluir o que chama de salvaguarda para cláusula de precaução prevista no acordo.
A primeira, é a de que se um país recusar a importação de produtos brasileiros por alegação de descumprimento da legislação ambiental ele terá de provar este descumprimento no âmbito jurídico e, em segundo, a recusa só valerá para aquele país e não se estenderá aos demais países europeus.
Nas conversas, a delegação brasileira ouviu de um dos comandantes da negociação. “Nós sabemos que vocês cumprem as normas ambientais, mas a imagem do produto brasileiro junto à opinião pública europeia é negativa”.
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