Home Foicebook Che Guevara, um craque

Che Guevara, um craque

Desde os nove anos de idade, Ernesto tinha uma grande paixão pelo rugby, esporte predileto da classe média alta argentina. O pequeno Ernesto colecionava figurinhas, colava na parede do seu quarto pôsteres em preto e branco dos astros da época, muitos em posição de ataque. A paixão era tão grande que ele se tornou um jogador razoável do Atalaya Club, de Buenos Aires. Corria o ano de 1951, Ernesto era um estudante de Medicina, 23 anos, quando se aventurou em editar uma revista semanal de rugby chamada Tackle, uma façanha pouco conhecida do guerrilheiro morto nas selvas da Bolívia, há 52 anos. Ele reuniu uma meia dúzia de estagiários e instalou uma redação no número 2034 da Calle Paraguay, no coração da capital argentina, e começou os trabalhos. Ernesto, usando o pseudônimo de Chang-Cho, gostava de escrever, principalmente, sobre a história, as origens do esporte na Argentina. A aventura durou onze números, de 5 de maio a 28 de julho de 1951. O gosto pela escrita não parou aí. Como guerrilheiro, como Ernesto Che Guevara, escreveu inúmeros livros, entre eles O Socialismo e o Homem, A Guerra de Guerrilha, Lembranças da Guerra Revolucionária entre tantos outros. Mas como Chang-Cho, escreveu apenas artigos sobre rugby em onze números da Tackle, hoje um objeto do desejo de colecionadores espalhados pelo mundo inteiro. Os números são tão raros que não têm preço na Sothebys de Londres.