Brasil

Greve geral foi considerada um sucesso

Manifestantes em todo o país foram às ruas para protestar contra o projeto do governado Bolsonaro de mudar a Previdência e contra os cortes de verbas das universidades.

A greve geral de hoje, convocada por centrais sindicais e com o apoio de organizações estudantis e movimentos populares, em protesto contra a reforma da Previdência e os cortes na Educação, se espalhou por todo o país e foi considerada um sucesso.

Principalmente nos grandes centros, o movimento de adesão foi forte, com a participação em massa dos trabalhadores dos serviços de transporte e professores. Em Belo Horizonte, o metrô parou em todas as linhas e, em Salvador e Brasília, foram os ônibus que não saíram das garagens. Em outras capitais, os transportes foram muito afetados na parte da manhã.

À tarde, em São Paulo, o número de manifestantes aumentou muito, bloqueando o trânsito na Avenida Paulista. No Rio, a polícia chegou a dispersar manifestantes com tiros de borracha, gás lacrimogêneo e muita violência.

No Nordeste, houve protestos em Natal, Teresina, Maceió e Recife. Em Maceió, os manifestantes bloquearam ruas e a Ponte Princesa Isabel, na região central.

Em Curitiba, manifestantes levaram faixas e camisetas pedindo a libertação imediata do ex-presidente Lula e contra o ministro da Justiça, Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, que tiveram conversas vazadas pelo Intercept Brasil.

Em nota oficial, assinada pelo líder Paulo Pimenta (PT-RS) e pelo vice-líder José Guimarães (PT-CE), a bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara, cumprimentou os movimentos sindicais, populares e sociais pelo êxito da greve.

Na nota, a bancada expressa que as paralisações e manifestações realizadas nesta sexta-feira, principalmente, nos grandes centros, “demonstraram de forma cabal – diferentemente do que diz o governo – que os trabalhadores e trabalhadoras não aprovam a chamada ‘Nova Previdência´, um conjunto de medidas que destroem direitos históricos e desmontam a Previdência pública”.

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, “as centrais sindicais e os trabalhares e trabalhadoras do país deram um recado claro ao presidente Jair Bolsonaro de que são contra a proposta de reforma da Previdência”. Para ele, a greve de hoje só fortaleceu a luta dos sindicatos que, juntamente com os trabalhadores, vão continuar pressionando os deputados para não aprovar a reforma.

Através do Twitter, a ex-presidente Dilma Rousseff, escreveu: “A greve-geral dessa sexta-feira é realidade e mostra a Força dos trabalhadores e trabalhadoras para dar um NÃO e um basta à nefasta reforma da Previdência. Nosso povo tem consciência.”

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