O imóvel foi objeto de investigação na Operação Lava Jato, para falsamente acusar Lula de tê-lo recebido como propina por negócios escusos. A venda autorizada ontem pela Justiça, assim como aconteceu com o triplex do Guarujá, comprova mais uma fraude para condenar o ex-presidente.

A Justiça Federal autorizou a realização de avaliação judicial para venda do sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), nesta segunda-feira (27), atendendo a um pedido do empresário Fernando Bittar, que é o dono da propriedade.

Também nesta segunda-feira, o Ministério Público Federal (MPF) havia manifestado parecer favorável ao pedido de Bittar para vender o sítio.

O sítio teve reformas investigadas na Operação Lava Jato e foi sequestrado pelo Registro de Imóveis de Atibaia, em fevereiro deste ano. A ação apurou se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu propina por meio da reforma do sítio. A pena do ex-presidente foi de 12 e 11 meses por corrupção passiva, ativa e lavagem de dinheiro. A defesa nega as acusações.

“O Ministério Público Federal se manifesta favoravelmente ao pedido formulado por Fernando Bittar, requerendo seja realizada a avaliação judicial do sítio Santa Bárbara e após, para que o requerente realize a venda do imóvel pelo valor mínimo indicado na avaliação, apresentando a proposta de compra a esse juízo, ficando condicionado que os valores decorrentes da venda sejam depositados em conta judicial”, disseram os procuradores.

E o “triplex do Lula” foi leiloado por R$ 2,2 milhões em 2018.

Em 29 de janeiro de 2018, o juiz federal Sérgio Moro determinou a venda, em leilão público, do triplex após o imóvel ter sido penhorado a pedido da 2ª Vara de Execução de Títulos Extrajudiciais da Justiça Distrital de Brasília, em processo da empresa Macife contra a OAS.

Segundo a defesa de Lula, a decisão dessa penhora, pela própria Justiça, comprovaria ser a OAS a verdadeira dona do triplex, e não o ex-presidente.

A unidade triplex do Condomínio Solaris, no Guarujá, foi arrematada em leilão por R$ 2,2 milhões. O lance vencedor foi feito às 13h55, cinco minutos antes do final do pregão.

*Com informações do G1