Brasil

Dois milhões de pessoas nas ruas impõem 
a maior derrota a Bolsonaro. Dia 30 tem mais.

Manifestações de cerca de dois milhões de estudantes, pais e professores tomaram as ruas de mais de duzentas cidades, em todo o Brasil, impondo ao governo Bolsonaro a maior derrota política desde as eleições. Tudo indica que foi só o começo: estudantes convocam nova mobilização para o dia 30 de maio. Em Dallas, Bolsonaro acusou o golpe: “São imbecis, idiotas úteis.” Veja as melhores imagens de ontem.

Começou na manhã desta quarta-feira (15), as ruas do país foram ocupadas por milhares de brasileiros, estudantes e trabalhadores, por conta do Dia Nacional de Greve na Educação, em protesto contra os cortes anunciados pelo Ministério da Educação (MEC) para o setor.

No último dia 30 de abril, Abraham Weintraub, atual ministro da pasta, anunciou cortes de 30% em todos os níveis da educação. Nas universidades federais, o governo bloqueará 30% do orçamento previsto para pagamento de dívidas não obrigatórias, como trabalhadores terceirizados, obra, compra de equipamentos, água, luz e internet.

As manifestações tomaram as redes e ao longo do dia a hashtag #TsunamiDaEducação ocupou o “trending topics” dos assuntos mais comentados do Twitter Brasil. Pela internet pode-se notar a capilaridade dos protestos que tomaram conta de todos os estados brasileiros e ao menos 260 municípios do país.

::Como foram os atos pelo Brasil::

Em visita ao Texas (EUA), Jair Bolsonaro criticou os manifestantes: “É natural, agora a maioria é militante. Se você perguntar a fórmula da água, não sabe nada. São uns idiotas úteis, uns imbecis, que estão sendo usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo de muitas universidades federais no Brasil”, afirmou o mandatário, ignorando o perfil dos manifestantes, formado em grande parte por alunos do ensino médio.

Entidades que organizaram o evento pedem que os manifestantes continuem mobilizados e convocam a população para um novo protesto no dia 30 de maio.

Veja algumas imagens de dos protestos.

*Com informações:  Brasil de Fato e
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação.

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