A C.I.A. (Agência Central de Inteligência) concluiu que o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman foi quem ordenou a morte do jornalista opositor Jamal Khashoggi.
A agência chegou a essa conclusão após interceptar chamadas telefônicas do príncipe herdeiro dias antes do assassinato e ligações da equipe que executou o jornalista com um assessor de alta confiança do príncipe.
As provas incluíam uma gravação de um membro da equipe que executou Khashoggi falando com um assessor do príncipe Mohammed e dizendo: “diga ao seu chefe que a missão foi cumprida”.
A investigação mostra que o príncipe Mohammed estava tentando encontrar maneiras de atrair Khashoggi de volta à Arábia Saudita. As agências de inteligência também examinaram as comunicações entre Khashoggi e o embaixador saudita em Washington, o príncipe Khalid bin Salman, irmão do príncipe herdeiro.
Em um post no Twitter na sexta-feira, Khalid informou que “o último contato” que ele teve com Khashoggi foi por texto em 26 de outubro de 2017, e que ele nunca sugeriu que Khashoggi fosse à Turquia.
Procurada pela reportagem do New York Times, A C.I.A. se recusou a comentar as informações.
Os dados revelados pela C.I.A. criaram um problema para o presidente Donald Trump, que vinculou seu governo ao príncipe Mohammed e o proclamou o futuro da Arábia Saudita e agora terá que tomar posições ríspidas contra o atual aliado.
