Brasil

A educação deveria estar em primeiro lugar nos programas de governo dos candidatos à Presidência

Nós temos que cobrar propostas mais claras, sobretudo naquilo que diz respeito à estrutura fundamental da nossa sociedade. Entre esses pontos, a educação deve estar em primeiro lugar.

Nós estamos a poucos dias das eleições de outubro. Um momento que é crucial para vida do nosso país. O que mais me chama a atenção nesse momento é o fato de que nós temos o noticiário em torno das candidaturas a presidente da República, mas muito pouco se ouve falar a respeito de seus programas de governo. Dos programas dos diferentes partidos e diferentes candidatos.

Esses dias mesmo, o presidente da Confederação Nacional da Indústria, o doutor Robson Andrade, que preside um setor que já foi muito importante, e ainda é importante, é o setor secundário da economia brasileira, fez comentários a respeito das candidaturas. A CNI andou recebendo no seu auditório, junto a empresários, vários candidatos a presidente da República.

E ele tratou como natural, sem nenhum problema, até o filhote da ditadura, o capitão candidato que pretende governar o país em uma das posições que nós imaginávamos já ter sido superada no Brasil. Porque, felizmente, conseguimos derrotar a ditadura, mas eis que ela volta e com todo seu ranço ultraconservador e atrasado.

Quando eu vejo empresários que desejam realizar seus lucros, prosperar, pensar em um país para trás, um país sem projeto, um país raivoso, sem nenhum tipo de proposta. Nem sequer proposta para o desenvolvimento industrial, e menos ainda aquelas questões que são fundantes da sociedade brasileira que são propostas, por exemplo, na área da educação.

Qual é a proposta de educação que estão defendendo os vários candidatos à Presidência da República? Que tipo de propostas têm para as crianças brasileiras, as quais hoje não têm escola? Digo crianças de até seis anos de idade e aquelas que acabam abandonando as escolas precocemente porque não conseguem ficar em uma escola mal resolvida, frequentemente com muitas dificuldades, em um ensino médio que não tem professores, nem laboratório, nem internet.

Quais são as propostas que empresários e diferentes segmentos da sociedade brasileira pretendem para, de fato, desenvolver o país. Querem apenas lucro? Mais uma vez vendendo o patrimônio brasileiro e se aproveitarem disso? Ou ter uma proposta mais consistente que possa colocar o país em uma perspectiva de desenvolvimento não de curto prazo, mas de longo prazo. E um desenvolvimento com justiça social.

Então, quando eu vejo essas discussões muito superficiais, penso que nós temos, de fato, que cobrar propostas mais claras, sobretudo naquilo que diz respeito à estrutura fundamental da nossa sociedade. Entre esses pontos, a educação deve estar em primeiro lugar.

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