Em resposta a declaração do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, que afirmou “não descartar” uma ação militar para tirar o presidente Nicolás Maduro do poder, onze dos 14 governos que compõe o Grupo de Lima rechaçaram a hipótese de uma possível intervenção militar na Venezuela. “[Os países] Expressam sua preocupação e seu rechaço a qualquer curso de ação ou declaração que implique uma intervenção militar ou o exercício da violência, a ameaça ou o uso da força na Venezuela”, conclui a declaração.
Assinaram a declaração: Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia. O Grupo de Lima possui 14 membros, mas Canadá, Colômbia e Guiana não firmaram o texto.
O presidente boliviano, Evo Morales, cujo país não faz parte do grupo, já havia se manifestado no próprio sábado, mas voltou às redes sociais neste domingo (16) após o anúncio do “Grupo de Lima”.
“O chamado Grupo de Lima rechaçou uma intervenção militar contra a Venezuela e deixou sozinho, em sua obsessão golpista, Luis Almagro, agente servil do império. É uma derrota do intervencionismo de Trump e uma vitória da dignidade e coragem do honorável povo venezuelano e latino-americano”, disse, pelo Twitter.
O governo da Nicarágua também emitiu uma nota repudiando a declaração do secretário-geral da OEA:
“A Nicarágua expressa sua mais enérgica condenação ao Secretário-Geral da OEA, e faz queixa formal de sua conduta. Sua conduta viola viola seriamente os propósitos e princípios que ele é obrigado a defender como representante da OEA.”
José Eduardo Garcia de Souza says:
E fizeram muito bem!