Brasil

A Argentina se curva ao FMI, um retrocesso digno de Mauricio Macri.

Na Argentina o aborto deixa de ser crime e passa a ser uma opção da mulher. Enquanto isso, o desemprego, a ruína da saúde pública e o desmantelamento do estado acompanham o retorno do FMI ao país.

Notícias da Argentina.

Há algumas semanas, num avanço inesperado, a Câmara dos Deputados aprovou a lei que assegura o aborto pela saúde pública. O aborto deixa de ser crime e passa a ser uma opção da mulher.

Com isso a Argentina se equipara, por exemplo, a Cuba e ao Uruguai, que eram os dois únicos países onde o aborto é livre na américa latina. Já o Brasil, esquece.

Outras notícias da Argentina.

A gente deveria se mirar, em vão, eu sei, no exemplo da aprovação da lei do aborto. Enquanto, aqui no Brasil, a gente tiver essa bancada de bispos eletrônicos, a pressão da igreja católica e o conservadorismo desse congresso, não vai acontecer nada, é claro.

As outras duas notícias a gente também deveria olhar com preocupação.

A Argentina voltou ao FMI e a primeira remessa de dinheiro, 15 bilhões de dólares, chegou por esses dias. Voltar para o FMI é um retrocesso digno de Mauricio Macri e sua quadrilha. É um horror.

O peso argentino desvalorizou, do começo de maio pra cá, 40%. O desemprego, a ruína da saúde pública, o desmantelamento do estado, é muito parecido – tirando, evidentemente, uma desvalorização tão atroz e uma inflação tão feroz – com o que acontece com Michel Temer e sua quadrilha no Brasil. Estão destruindo o país e a economia está em retrocesso.

Triste, muito triste.

Outra diferença que a gente, também, deveria prestar atenção.

Na segunda-feira, 25 de junho, poucos dias atrás, uma greve parou, literalmente parou, a Argentina. Argentino vai pra rua, argentino protesta, o país inteiro parou. Só a Aerolineas Argentinas, companhia aérea, cancelou todos os vôos nacionais e internacionais.

Eu vi imagens de Buenos Aires, uma cidade que eu conheço bem, parecia madrugada de um domingo de inverno. Nada, ninguém nas ruas.

Se a gente pudesse pensar no exemplo da lei do aborto e da mobilização popular aqui no Brasil.

Enfim, cada qual com cada quem.

 

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