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Morreu Posada Carriles, “o maior terrorista do Ocidente”.

De acordo com declarações feitas à imprensa por seu advogado pessoal, Posada Carriles morreu durante a manhã desta quarta-feira em sua residência em Miramar, ao norte de Miami. Embora a causa ainda seja desconhecida, havia sido relatado antes que ele tinha câncer na garganta.
Nascido em Cuba em 15 de fevereiro de 1928, ele se juntou as forças da ditadura de Fulgêncio Batista e, em seguida, participou dos preparativos de mercenários para a frustrada invasão da Baía dos Porcos.
Recrutado e treinado pela CIA, esteve envolvido em várias tentativas de assassinato do líder da Revolução Cubana, Fidel Castro.
Entre 1960 e 1974 foi enviado pela CIA como assessor de segurança para os serviços secretos da Argentina, Chile, El Salvador, Guatemala e Venezuela, onde organizou desaparecimentos forçados e sessões de tortura.
Posada Carriles – cujo codinome no submundo da extrema direita era “Bambi” – foi o mentor do atentado em pleno ar contra o avião de passageiros da Cubana de Aviação em Barbados em 1976. A ação terrorista foi planejada e financiada pela CIA e tirou a vida de 73 civis – entre eles a seleção cubana de esgrima, que voltava de um torneio internacional.
Posada Carriles foi preso em Caracas em 1976 pela polícia venezuelana, acusado de organizar o ataque contra o avião cubano. Em 1985 escapou da prisão enquanto aguardava a sentença e se estabeleceu em Miami. Um documento de 1976 desclassificado pelo Departamento de Estado dos EUA indicou Posada Carriles como o autor mais provável do atentado de Barbados.
Arquivos recentemente divulgados nos Estados Unidos sobre o assassinato do ex-presidente John F. Kennedy contêm mais informações sobre o terrorista, considerado tão perigoso que a própria CIA o mantinha sob vigilância.
Uma das sua ações mais recentes foi a tentativa de assassinato de Fidel Castro, no auditório da Universidade do Panamá, em 2000, durante a Cúpula X Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo.
Em 2005 ele foi preso por “entrar ilegalmente nos Estados Unidos”, mas pagou fiança e foi liberado, a despeito dos apelos internacionais que exigiam sua extradição para a Venezuela, onde ele era um fugitivo da justiça. Em 2011 a juíza Kathleen Cardone comutou sua pena por considera-lo um “velho inválido”. Desde então Posada passou a viver em Miramar, na Flórida, onde morreu hoje sem acertar suas contas com a justiça.
(Com Granma, Cuba)
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