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O governo Postiço não reconhece eleições na Venezuela: "não tiveram legitimidade e credibilidade".

Foi anunciado nesta segunda-feira (12) que o Brasil e outros 13 países, que compõem o Grupo de Lima, não reconhecem a eleição venezuelana. Embaixadores sediados em Caracas serão convocados para consultas internas.
Composto por Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia, o Grupo de Lima foi criado para buscar uma saída pacífica pela crise venezuelana instigada pelos embargos sancionados pelos Estados Unidos.
Em nota oficial o grupo anunciou que “os países que integram o Grupo de Lima não reconhecem a legitimidade do processo eleitoral que teve lugar na República Bolivariana da Venezuela, concluído em 20 de maio passado, por não estar em conformidade com os padrões internacionais de um processo democrático, livre, justo e transparente.”
“Os países do Grupo de Lima reiteram sua preocupação com o aprofundamento da crise política, econômica, social e humanitária que deteriorou a vida na Venezuela, o que se reflete na migração em massa de venezuelanos que chegam a nossos países em condições difíceis, na perda de instituições democráticas, do Estado de Direito e na falta de garantias e liberdades políticas dos cidadãos.”
Em paralelo, o Itamaraty emitiu um comunicado dizendo  que o pleito não teve “legitimidade e credibilidade”.
“Nas condições em que ocorreu – com numerosos presos políticos, partidos e lideranças políticas inabilitados, sem observação internacional independente e em contexto de absoluta falta de separação entre os poderes – o pleito do dia 20 de maio careceu de legitimidade e credibilidade”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Os representantes diplomáticos da Venezuela –  que trabalham em cada um desses países – também serão convocados para receber um protesto oficial.
Clique aqui para ler a nota oficial na íntegra.

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  1. Avatar
    José Eduardo Garcia de Souza says:

    Desculpem, mas as evidências de fraude são de tal ordem que até Luis Emilio Rondón, um dos cinco juízes do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, negou-se a reconhecer o resultado anunciado pela destrambelhada Tibisay Lucena. Vejamos aqui alguns dos porquês de tal coisa:
    1. Os dois principais opositores de Maduro, Henrique Capriles e Leopoldo López, foram impedidos de se candidatar. Capriles foi declarado inelegível pela da Controladoria-Geral da República, mera repartição do chavismo, em 2017, pelos 15 anos seguintes. López foi condenado, em Setembro de 2015, a 13 anos, nove meses e sete dias de prisão sob a acusação de ter insuflado protestos contra o governo que resultaram na morte de 43 pessoas, que foram mortas pelas forças policiais e milícias a serviço de Maduro.
    2. Mais uma vez, as milícias armadas estavam nas ruas para intimidar os eleitores. E se isto serve de lição para alguém, deveria ser para os doidos do Bolsonaro e quejandos que pregam o armamento da população para verem o que é bom para a tosse;
    3. Entre outras “delicadezas e incentivos”, os chavistas ofereceram transporte gratuito para quem se dispusesse a votar;
    4. Os venezuelanos atendidos por programas assistencialistas do regime dispõem de uma identificação chamada “Carteira da Pátria”. O governo de Maduro criou, próximo aos postos eleitorais os chamados “Pontos Vermelhos”. E os eleitores eram instados a comparecer a eles e apresentar o documento — ou seja controle paralelo do eleitorado exactamente igual ao dos coronéis do interior no Brasil, do Mugabe e do Somoza;
    5. E ainda houve a esmola aos votantes de 10 milhões de bolívares – míseros US$ 12, mas que correspondem, pasmem ou não, a quatro salários mínimos.
    Sejamos francos, aquilo é fraude das boas mesmo. E só não se pode chamar o resultado de piada porque, num país onde a maioria passa fome e a inflação é de 14.000%,. isto não tem a menor graça.

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