Brasil

CNJ investigará desembargadora que acusou Marielle

O Conselho Nacional de Justiça investigará a desembargadora Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que acusou a vereadora Marielle Franco de ser eleita pelo Comando Vermelho e ser “engajada com bandidos”.
As representações contra a magistrada foram apresentadas pelo PSOL e pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia. A juíza escreveu no Facebook que a vereadora, executada na última quarta-feira (14), era um “cadáver tão comum quanto qualquer outro”.

Em outra postagem, Marília Castro Neves criticou Débora Seabra, a primeira professora com síndrome de Down no Brasil. “Apuro os ouvidos e ouço a pérola: o Brasil é o primeiro país a ter uma professora portadora de síndrome de Down!! Poxa, pensei, legal, são os programas de inclusão social… Aí me perguntei: o que será que essa professora ensina a quem???? Esperem um momento que eu fui ali me matar e já volto, tá?”.

Débora Seabra escreveu uma carta em resposta à juíza: “Eu ensino muitas coisas para as crianças. A principal é que elas sejam educadas, tenham respeito pelas outras, aceitem as diferenças de cada uma, ajudem a quem precisa mais. (…) O que eu acho mais importante de tudo isso é ensinar a incluir as crianças e todo mundo pra acabar com o preconceito porque é crime. Quem discrimina é criminoso.”
Marilia de Castro Neves também fez uma publicação, em 2015, na qual ironizou mobilizações contra o assédio sexual e em favor dos direitos das minorias. “Assédio sexual é o quê? Paquera no trabalho???? Francamente!!!! Será que não temos nada mais importante pelo que lutarmos???? Uma pia de louça para lavarmos???”, publicou a desembargadora à época.”

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