Neste do domingo os italianos vão às urnas para eleger deputados e senadores. Desde 2016 o país tem sido governado por um gabinete interino, quando Matteo Renzi renunciou depois de ser derrotado em um referendo que previa mudanças constitucionais no sistema eleitoral e no funcionamento das casas do Parlamento.
A busca por um novo primeiro-ministro envolve alguns rostos já conhecidos, como o ex-premiê Silvio Berlusconi, de 81 anos, que está de volta ao jogo, liderando o partido de centro-direita Forza Italia. Ele se aliou a Matteo Salvini, 44, do direitista Liga Norte.
Mesmo que seu partido saia vitorioso, Berlusconi está impedido de se tornar novamente primeiro-ministro por causa de uma condenação criminal, uma lei similar à Ficha Limpa, que o impede de assumir qualquer cargo político até 2019.
Na centro-esquerda, está o primeiro-ministro que renunciou, Mateo Renzi, de 43 anos, líder do Partido Democrático.
Também há um novo personagem na disputa. Caso a vitória recaia sobre o Movimento Cinco Estrelas, seu líder Bepe Brillo, já anunciou que o candidato do partido é Luigi Di Maio, de 31 anos. Se ganhar eleição, Di Maio será o primeiro ministro mais novo de toda a Europa.
De acordo com as últimas pesquisas, divulgadas em meados de fevereiro pois a legislação da Itália impede a divulgação de pesquisas de intenção de voto nos 15 dias anteriores à abertura das urnas, o partido centro-direita, liderado por Berlusconi, aparece em primeiro lugar, 36,8% das intenções de voto, seguido pelo Movimento 5 estrelas (M5S), com 28,1%. A centro-esquerda está na terceira posição, com 27,4%, em situação de empate técnico com o M5S.
Alguns institutos tentaram simular o número de cadeiras que cada grupo terá na Câmara, com base em pesquisas proporcionais e para algumas disputas majoritárias. Os números variam bastante, mas são unânimes em dizer que ninguém terá a maioria (316 dos 630 deputados).
