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Lúcio Funaro fecha acordo de delação premiada com a PGR

Aliado do ex-deputado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, o doleiro Lúcio Funaro firmou na terça-feira (22) um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele está preso há mais de um ano e deve começar a prestar depoimentos nesta semana.
Funaro pode detalhar sua atuação como operador financeiro do PMDB na Câmara e comprometer o presidente Michel Temer. Poderia dar também informações envolvendo em crimes Eliseu Padilha (Ministro-Chefe da Casa Civil), Moreira Franco (Ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência), Geddel Vieira Lima (ex-ministro de Governo) e Henrique Eduardo Alves (ex-ministro do Turismo).
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Denúncia contra Temer por corrupção passiva foi rejeitada pela Câmara (Foto: Lula Marques/AGPT)


As revelações de Funaro podem ser utilizadas para que o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, apresente uma nova denúncia contra Temer antes de deixar o cargo, em 17 de setembro.
A primeira denúncia, que foi rejeitada pela Câmara dos Deputados em 2 de agosto, era por corrupção passiva.
Temer é investigado ainda em inquéritos que apuram crimes de obstrução à Justiça e organização criminosa.
Funaro é processado pela Justiça Federal em Brasília em três investigações da Polícia Federal (PF) – Greenfield, Sépsis e a Cui Bono – que envolvem suspeitas de desvios de recursos públicos e fraudes na administração de quatro dos maiores fundos de pensão de empresas públicas do país: Funcef (Caixa), Petros (Petrobras), Previ (Banco do Brasil) e Postalis (Correios). O doleiro também foi citado nas delações da JBS.
O acordo depende de homologação do Supremo Tribunal Federal (STF) para ter validade.
Outra delação esperada é a de Eduardo Cunha. Não se sabe se a PGR e se o STF aceitariam a delação de Funaro e de Cunha, ou de um dos dois apenas. O fato é que ambos poderiam comprometer o presidente e seus aliados.

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