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Justiça aceita denúncia e torna Geddel réu por obstrução de Justiça

Ex-ministro Geddel (Foto: Agência Brasil)


O juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília, aceitou a denúncia da Procuradoria da República no Distrito Federal e tornou réu o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) por obstrução de justiça.
Geddel havia sido denunciado por tentativa de atrapalhar as investigações sobre desvios no FI-FGTS, o fundo de investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
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Na hora que li que o codinome do Geddel era “carainho” lembrei dessa estátua do Trump pelado exibida em Nova York.
Após a denúncia ser aceita, o advogado do ex-ministro, Gamil Foppel, divulgou nota criticando a acusação do Ministério Público. “Inepta”, “imprestável” e uma “coleção invulgar de erros jurídicos”.
O Ministério Público acusa Geddel de tentar impedir a celebração de um acordo de delação premiada do doleiro Lúcio Bolonha Funaro, segundo o MPF. O MPF pede que Geddel seja enquadrado no crime de embaraçar investigação que envolva organização criminosa. A punição varia de três a oito anos de prisão.
Em um mês e meio, entre maio e julho de 2017, Geddel fez 17 ligações para a mulher de Funaro, Raquel Pita, para sondar se ele faria um acordo de delação premiada.
Funaro entregou à Polícia Federal registros de ligações de Geddel, mostrando que o ex-ministro telefonou várias vezes para Raquel.
Para o Ministério Público, os contatos de Geddel com a mulher de Funaro tinham como objetivo intimidar o casal, devido ao poder político de Geddel.
Geddel cumpre prisão domiciliar na Bahia desde julho acusado de tentar obstruir investigações.
 

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