O presidente Michel Temer e o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência Moreira Franco foram citados em novos acordos de delação premiada que empresários da OAS estão tentando firmar com o Ministério Público Federal, segundo a colunista da Folha de S.Paulo Mônica Bergamo.
Os dois foram acusados pelos delatores de pedir dinheiro para o PMDB. Ainda não se sabe quando o conteúdo será revelado.
Moreira Franco (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
A colunista também revela que outros políticos além do presidente foram gravados por Joesley Batista em outros sete encontros.
“Joesley está ouvindo de novo os áudios das conversas que gravou com políticos para tentar descobrir quais delas estavam no gravador em que registrou seu diálogo com Temer”, escreveu.
Havia outros áudios que teriam sido transferidos para um computador e apagados do gravador. Quando a Polícia Federal pegou o aparelho para fazer a perícia, conseguiu recuperar os arquivos.
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Segundo a coluna, é possível que haja diálogos com Paulinho da Força (SD-SP), JOão Bacelar (PR-BA) e Gabriel Guimarães (PT-MG). “O mistério é grande e a JBS já pediu à Justiça que mantenha sigilo do conteúdo recuperado”.
Na quarta-feira, o Ministério Público Federal emitiu um parecer recomendando o afastamento de Moreira Franco. De acordo com o texto, aconteceu uma manobra política orquestrada por Michel Temer com objetivo de livrar o ministro das investigações da Lava Jato.
“É claramente ilícito. Há obstrução à justiça, tendo em vista o seu intuito único de alterar o foro competente para a condução das investigações dos fatos referentes à Operação Lava Jato, além do processamento de eventual denúncia criminal”, consta no parecer do MPF.
