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Delação de Funaro pode comprometer ainda mais Eduardo Cunha, diz jornal

A uma semana da votação da denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados, há expectativa por duas delações premiadas: a do doleiro Lúcio Funaro e a do ex-deputado Eduardo Cunha. Existe a possibilidade também de apenas um dos dois conseguir firmar um acordo com o Ministério Público, em troca de informações.
Interlocutores de Funaro disseram ao jornal Estado de S. Paulo que seu depoimento pode comprometer ainda mais Eduardo Cunha, preso em outubro de 2016 pela Operação Lava Jato.
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Cunha vai falar. No pau-de-arara do Moro, até o bom cabrito berra.
Segundo o jornal, Funaro dirá que a eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara foi comprada pelo empresário da JBS Joesley Battista.
Para firmar um acordo, Joesley já havia mencionado uma contribuição de R$ 30 milhões para Cunha “sair comprando um monte de deputados Brasil a fora. Para isso que servia esses R$ 30 milhões”. Na ocasião, em fevereiro de 2015, Cunha foi eleito em primeiro turno presidente da Câmara, com apoio de 267 deputados.
Em março de 2017, Cunha foi condenado a 15 anos e quatro meses de prisão por corrupção. Segundo sentença do juiz Sérgio Moro, o ex-deputado recebeu US$ 1,5 milhão de propina a partir de um contrato da Petrobras para a exploração de petróleo no Benin, na África.
A colunista da Folha de S.Paulo Mônica Bergamo informou em 6 de julho que Cunha está finalizando os textos com as informações para tentar o acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. Seriam mais de cem anexos, envolvendo Michel Temer, os ministros Moreira Franco (Secretaria Geral), Eliseu Padilha (Casa Civil) e o senador Romero Jucá (PMDB-RR).
Já Lúcio Funaro está preso desde junho de 2016. Foi transferido da penitenciária da Papuda para a carceragem da Polícia Federal, em Brasília, com o objetivo de entregar as provas que possui e tentar um acordo.

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