O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi entrevistado nesta terça-feira (18) na Lula pela Rádio Capital, de São Paulo, e afirmou: “Estou convencido de que, na verdade, o que o Moro me deu foi a capacidade de continuar me defendendo porque eu sinto a necessidade por uma questão de consciência, por uma questão moral, de provar a minha inocência à sociedade brasileira. Eu não morrerei tranquilo se eu não provar à minha bisneta, que tem quatro meses, e a todos da minha família e ao povo brasileiro”.
O ex-presidente reforçou que está em curso um processo político para impedir sua candidatura em 2018 e disse que não permitirá que uma “mentira deslavada” manche sua biografia. “Estou convencido disso e vou continuar brigando”.
“O objetivo era tentar evitar a volta do Lula. Tem uma coisa prática. Eles deram um golpe. Se eu voltar, o golpe não fecha. Para que derrubar a Dilma com um impeachment mentiroso, com a tese da pedalada mentirosa, para depois o Lula voltar? Não fecha o golpe”, disse.
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Lula foi questionado se, com a condenação em primeira instância, o juiz Sérgio Moro conseguiu bater na cabeça da jararaca. “Não. A sentença é uma peça cheia de inverdades”, respondeu, argumentando que o processo não considerou nenhuma das testemunhas.
O ex-presidente reforçou que o apartamento no Guarujá nunca foi seu e afirmou que Moro “passa 60 páginas se explicando do por que da sentença, sem nenhuma prova”. “A única prova existente no processo é a prova que eu apresentei, da minha inocência”.
Os advogados de Lula já recorreram da decisão de Moro. Lula disse esperar que outras instâncias reconhecem a inconsistência do processo. “Espero que o Moro pare de se comportar como um czar”.
Uma das críticas feitas pelo ex-presidente é o fato de, na sentença, constar nove vezes referência a reportagem do jornal O Globo. “Eu falei para o Moro no meu depoimento: você está preso à imprensa. Você vai ter que me condenar porque a imprensa já me condenou, sobretudo a Rede Globo de Televisão, então você tem que prestar conta”.
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Ao ser questionado sobre como era ser o primeiro presidente do Brasil a ser criminalmente condenado, depois de ter sido chamado de “o cara” pelo então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, Lula disse: “Eu me sinto indignado, quase que pessoalmente ofendido, porque sei que este processo é uma farsa”.
A entrevista foi transmitida pela página oficial de Lula no Facebook. Assista:
Carlos Medeiros says:
Já sabe quais armas usar, presidente? Dilma disse que lutaria até o fim, mas não houve luta, foi como roubar pirulito de criança. Se estiver pensando em lutar na justiça, esqueça! Se tiver influencia nos organismos internacionais, apele, use todos os canhões que a guerra é de vida ou morte