Preso desde outubro de 2016, o ex-deputado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) entregou na quinta-feira à noite os anexos de sua proposta de delação premiada, noticiou o jornal Valor Econômico. O material será analisado pela Procuradoria Geral da República.
A expectativa é que sua delação possa fundamentar uma segunda denúncia apresentada contra o presidente Michel Temer por ter obstrução à Justiça ao autorizar pessoalmente a compra do silêncio de Eduardo Cunha.
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Cunha vai falar. No pau-de-arara do Moro, até o bom cabrito berra.
Segundo a reportagem do Valor, Cunha queria esperar a saída de Rodrigo Janot da PGR para tentar o acordo, mas mudou de ideia quando soube que Raquel Dodge declarou a intenção de endurecer os critérios para aceitar os acordos de delação.
A nomeação de Raquel Dodge para chefiar a PGR foi publicada no Diário Oficial da União de na quinta-feira. A nova procuradora-geral vai substituir Janot a partir de 18 de setembro.
Outra delação esperada e que pode comprometer integrantes do governo Temer é a do doleiro Lúcio Funaro, preso em junho de 2016. Ele foi transferido recentemente da penitenciária da Papuda para a carceragem da Polícia Federal, em Brasília, com o objetivo de entregar as provas que possui e tentar um acordo.
