Brasil

Geddel, aquele que defendia endurecer a legislação para acabar com a impunidade

“Precisamos endurecer cada vez mais a legislação penal, de maneira que acabe cada vez mais com a sensação de impunidade”, afirmava o ex-ministro Geddel Vieira Lima em 2014 quando, aparentemente esperava nunca ser preso.
Reforçar a segurança pública para acabar com a impunidade, priorizar a reforma do Código Penal e fazer mudanças na Legislação para evitar que presos entrassem e saíssem com facilidade dos centros de detenção eram a base de seu discurso quando foi o candidato do PMDB ao Senado pela Bahia, em 2014.
Com 2.064.951 votos, Geddel não foi eleito, então não conseguiu fazer as prometidas reformas. O vencedor foi Otto Alencar (PSD), com 3.341.111 votos.
Veja:

Convencido de que a redução da maioridade penal é uma das soluções para o problema da segurança no Brasil, Geddel defendia também o seguinte: O objetivo das reformas é evitar que o “bandido” cometesse “um, dois, três crimes” e continuasse “entrando e saindo facilmente da cadeia”. “Punição adequada para quem comete crimes graves”.
Assista abaixo (a partir de 1’35”):

A convicção de que jamais formaria parte da massa carcerária brasileira era tão forte que Geddel chegou até a dizer, em um bate-boca com o ator José de Abreu, que só iria para a cadeia se fosse para “visitar sua mãe” [referindo-se à mãe do artista].
Preso preventivamente na segunda-feira (3/7) pela Polícia Federal e pelos integrantes da Força-Tarefa da Operação Greenfield, Geddel já está na Superintendência da PF.
O pedido de prisão foi feito a partir de informações fornecidas em depoimentos do doleiro Lúcio Bolonha Funaro, do empresário Joesley Batista e do diretor jurídico do grupo J&F, Francisco de Assis e Silva, sendo os dois últimos em acordo de colaboração premiada.
Geddel deixou o cargo de ministro da Secretaria de Governo em novembro de 2016, depois de ser acusado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de fazer pressão para ele liberar uma obra no centro histórico de Salvador.

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