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Chile: primárias definem candidatos presidenciais

Os chilenos votaram neste domingo (2/6) em eleições primárias para definir quem serão os candidatos a disputar a presidência nas eleições de 19 de novembro de 2017. Participaram 1,8 milhão de eleitores, entre um total de 13 milhões. O voto não é obrigatório no Chile.
O empresário e ex-presidente Sebastián Piñera, os jornalistas Alejandro Guillier e Beatriz Sánchez e a assistente social Carolina Goic são os principais candidatos a suceder a presidente Michelle Bachelet.
Esta é a primeira vez, desde o fim da ditadura, que centro e esquerda romperam a coalizão no Chile e optaram por lançar candidaturas próprios à presidência. O partido Democracia Cristã decidiu não participar das primárias da Nova Maioria, a coalizão que levou Bachelet à presidência. É o fim da união de centro-esquerda que governa o país desde a redemocratização. A exceção foi durante o governo de Sebastián Piñera (2014-2014).

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A Nova Maioria é uma coalizão descendente da Concertación, que agregava a Democracia Cristã, o Partido para a Democracia (PPD), o Partido Radical Socialdemocrata (PRSD) e o PS (Partido Socialista).

Beatriz Sánchez, da Frente Ampla


Para disputar a eleição, a escolhida da esquerdista Frente Ampla foi Beatriz Sánchez, que tem 11% das intenções de voto.
“Hoje começa uma história nova da história política do Chile (…) Um terceiro bloco começa a disputar o poder. Eles sabem e nos temem”, declarou a candidata, em referência às grandes coalizões de direita e de centro-esquerda. A jornalista disse também que pretende “derrotar o poder do dinheiro” e que o seu será “o primeiro governo feminista do Chile”, se for eleita.
Liderando as pesquisas de intenção de voto com média de 20% e 25%, o ex-presidente Piñera (2010-2014) foi escolhido o candidato da frente de direita Chile Vamos, que agrupa as legendas União Democrata Independente (UDI), Renovação Nacional (RN), Partido Regionalista Independente (PRI) e Evópoli.
Sem chegar a um acordo, a Nova Maioria ainda tem dois candidatos: o senador independente Alejandro Guillier, apoiado pelos setores progressistas do bloco, e Carolina Goic, senadora democrata-cristã.

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