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Reforma trabalhista à direita gera subemprego e desigualdade


 
Por Víctor David López*
 
Olá, bem-vindas e bem-vindos ao Nocaute na Espanha.
 
A reforma trabalhista dos últimos anos aqui na Espanha conseguiu sobretudo uma coisa: aumentar as diferenças entre as classes sociais. Agora temos as classes mais baixas que inclusive com trabalho, com emprego, com salário, não conseguem chegar ao final do mês e pagar as despesas.
 
Essa reforma laboral que começou no ano 2010 facilitava às empresas as demissões dos trabalhadores demonstrando que a empresa tinha diminuído o lucro. Com esse fator as empresas só pagavam a metade da indenização pros trabalhadores. Lá naquele ano 2010 as empresas não demonstravam nada pros trabalhadores, e começaram a pagar só a metade da indenização e os funcionários estavam perdendo muito dinheiro já naquela época.
 
Agora, com essa nova reforma do ano 2012-2013 a palavra mágica do governo espanhol do Mariano Rajoy foi a “Flexibilidade” do mercado laboral. O que significa essa “Flexibilidade”: os tipos de contrato que as empresas podem fazer aos trabalhadores. A maioria deles, a maior porcentagem dos contratos, são contratos temporários, com salários muito baixos, e os trabalhadores com contratos de três meses, seis meses, um ano, com períodos de experiência muito longos, inclusive de até um ano também. Essa é a “Flexibilidade” da reforma trabalhista do governo espanhol atualmente.
 
As sedes do Instituto Nacional de Emprego, como essa do distrito Latina em Madri, continuam lotadas. É verdade que o nível de desemprego na Espanha está caindo. Chegou a 25%, 50% de desemprego entre os mais novos. Agora caiu e está abaixo de 20%, mas a maioria dos empregos são subempregos, e o povo cada vez com menor poder aquisitivo.
 
O atual mercado de trabalho depois da reforma trabalhista aqui na Espanha tem curiosidades como essa da boa parte da população que só trabalha nos períodos de experiência dos contratos. São períodos tão longos, de seis meses ou até um ano inclusive, que depois desses seis meses ou um ano a empresa os demite sem direito à indenização. É assim. Essa é a palavra mágica da “Flexibilidade”, da reforma trabalhista do governo espanhol.
 
Agora nas notícias sempre aparece a Espanha no topo dos países com o maior número de trabalhos temporários de toda a Europa.
 

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