Guardian pede: Diretas já!

"Os políticos brasileiros derrubaram o país: deveriam deixar que os 143 milhões de eleitores tivessem uma palavra a dizer sobre como sair dela", publicou The Guardian

“A visão do Guardian sobre a corrupção brasileira: o povo merece ter voz”. É o que defende o jornal britânico em editorial, publicado uma semana depois das denúncias contra o presidente Michel Temer.

“Os políticos brasileiros derrubaram o país: deveriam deixar que os 143 milhões de eleitores tivessem uma palavra a dizer sobre como sair dela”, argumenta o Guardian, diante da crise.

O texto narra que Temer foi gravado por Joesley Batista, empresário do grupo JBS, cometendo obstrução de Justiça, recebendo propina e fazendo caixa dois.

E menciona que Temer se recusa a deixar o governo e que o país enfrenta já há três anos uma turbulência por conta da Operação Lava Jato, “que envolveu algumas das maiores companhias do país e um número assustador de políticos”.

O editorial considera ainda que, com a saída de Temer, “o Brasil poderia em breve ter seu terceiro líder em menos de um ano”.

Para o Guardian, a política brasileira tem sido completamente desacreditada, já que as revelações que surgiram desde que Dilma Rousseff foi tirada da presidência “destacaram a hipocrisia daqueles que a derrubaram”.

O texto argumenta que, muito pior do que o processo contra os políticos envolvidos nas denúncias recentes, é o escândalo em si. E que será ruim para o Brasil passar por este momento como se nada de grave tivesse acontecido.

Por fim, alertam para as consequências de uma eventual permanência de Temer no governo: a apatia em relação à política ou a ascensão de lideranças radicais de extrema direita, como Jair Bolsonaro (PSC-RJ).

“Os legisladores também não deveriam escolher o substituto de Temer, pois foram eles que o escolheram, e as pesquisas mostram uma demanda esmagadora por eleições”, conclui.

Clique aqui para acessar o texto original. 

2 Comentários

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José Eduardo Garcia de Souza

24/05/2017 - 12h55

Com todo o devido respeito, o “Guardian” não conta. Se sair matéria a favor das “diretas já” no The Times ou Daily Telegraph, é coisa para considerar. Se sair na “The Economist” ou “Spectator” é para levar a sério. Mas se sair no “Independent”, “The Sun”, The Daily Star” ou no “The Daily Mirror”, aí é porque já virou piada, mesmo.

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