A África exige sua presença no Conselho de Segurança da ONU

Outros países, como os que integram o Grupo dos Quatro - Índia, Japão, Brasil e Alemanha -, também estão pedindo a reforma do Conselho de Segurança da ONU, que foi criado depois da Segunda Guerra Mundial.

 

O conflito sírio foi, claro, o tema que mais chamou a atenção da mídia na recém-encerrada Assembleia Geral das Nações Unidas. Porém, as intervenções de alguns presidentes nos chamam a atenção para assuntos que merecem atenção. Por exemplo, o presidente sul-africano Jacob Zuma incluiu em sua intervenção um chamado à reforma do Conselho de Segurança da ONU. É que este órgão tem estado imóvel por 50 anos. Zuma faz um chamado para que haja mais representatividade para as nações africanas. Também os presidentes de Angola, Eduardo dos Santos, e Robert Mugabe, do Zimbábue, se somaram a essa demanda. No caso do angolano, ele disse que não era opcional, enquanto Mugabe, que já vem fazendo essa exigência há muitos anos, foi mais adiante, e propôs que todos os países africanos deveriam retirar-se simplesmente das Nações Unidas se essa instituição rechaçar a petição de que a África tenha ao menos um assento entre os membros permanentes do Conselho de Segurança. O Conselho é composto por quinze países: cinco como membros permanentes, e dez como membros eventuais. Os membros permanentes são os que têm poder de veto, ou seja, poder de decisão. São Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China. Entre os dez membros não permanentes, neste momento há três nações africanas: Angola, Egito e Senegal, que terminam seus mandatos entre 2016 e 2017. Sem dúvida é desproporcional, já que a maioria dos casos e situações analisados no Conselho de Segurança das Nações Unidas, são provenientes da África. E o continente não está representado entre os membros permanentes. Por isso alguns desses presidentes têm pedido ao menos dois assentos para a África entre os membros com poder de veto. Outros países, como os que integram o Grupo dos Quatro – Índia, Japão, Brasil e Alemanha -, também estão pedindo a reforma do Conselho de Segurança da ONU, que foi criado depois da Segunda Guerra Mundial. Ou seja, não se trata apenas das cifras e do número de casos analisados, mas também dos países que as circunstâncias levaram a mudar muito na arena internacional desde aquele momento até agora. A África, assim como outros países, exige sua presença entre os países que têm poder de veto e, portanto, poder de decisão.

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