Foi golpe? Foi. A misoginia impactou? Impactou. A mídia apoiou? Apoiou.
Tem livro importante na praça. Trata-se de “Mídia, Misoginia e Golpe”, organizado por Elen Cristina Geraldes, Tânia Regina Oliveira Ramos, Juliano Domingues da Silva, Liliane Maria Macedo Machado e Vanessa Negrini.
Por Nocaute em 30 de março às 12h21
O livro é uma iniciativa do Laboratório de Políticas de Comunicação – LaPCom (do Programa de Pós-graduação da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília – FAC/UnB), e do Grupo de Trabalho Políticas e Estratégias de Comunicação da Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. Ao final 53 trabalhos foram selecionados e concretizados por pesquisadores de todo o País. Foram ouvidas personalidades acadêmicas e políticas com importantes contribuições neste debate, seja na mídia ou em outros palanques, convidadas a responder:
Foi golpe? A mídia apoiou? A misoginia impactou?
E tem uma cereja adicional nesse bolo: as fotos de “Mídia, Misoginia e Golpe” são de Lula Marques, nocauteiro juramentado. O livro pode ser baixado gratuitamente em https://faclivros.files.wordpress.com/2017/03/faclivros_midiamisoginiagolpe.pdf
Leia um trecho da apresentação:
“De maneira geral, os entrevistados e entrevistadas foram contundentes ao afirmar que, sim, o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff foi um golpe, embora com características bastante distintas do que houve anteriormente na história política do País.
Também foi consenso entre a maioria dos entrevistados e entrevistadas que a mídia teve um papel fundamental e ativo na arquitetura do golpe, atuando de forma articulada com os grupos beneficiários do processo.
As questões de gênero, a misoginia, o sexismo, a herança de uma cultura que se forjou no patriarcado, foram ingredientes apontados como de grande relevância para influenciar a opinião pública durante a cobertura do processo de impeachment.
Por fim, os entrevistados e entrevistadas observaram que a derrubada de Dilma representa um duro golpe na participação feminina na política brasileira, que já era considerada uma das mais baixas no mundo, com reflexos e ameaças ao processo de conquistas sociais e culturais em construção nos últimos anos.”
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Alan Silva
30/03/2017 - 15h50
Parem com essa fantasia! Dilma é doente…..