Tucanos à beira de um ataque de nervos: dão ou descem?

Sem ter participado da reunião do PSDB, FHC contraria decisão do diretório, defende debandada do governo Temer por falta de legitimidade e fala em “eleições gerais.

A diretoria executiva do PSDB passou mais de seis horas reunida na última segunda-feira (16/6), a portas fechadas, em Brasília, para anunciar que não deixará o governo de Michel Temer.

Dias depois, foi a vez do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – que não participou da reunião do partido – declarar sua opinião: “Ou há um gesto de grandeza por parte de quem legalmente detém o poder, pedindo antecipação de eleições gerais, ou o poder se perde de tal forma que as ruas pedirão a ruptura da regra vigente”.

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Em texto para o jornal O Globo, FHC escreveu que Temer já perdeu legitimidade. “Novas eleições requerem emenda constitucional que, a meu ver, deveria ser antecedida por mudanças na legislação eleitoral. Portanto, tudo ocorreria mais facilmente com a anuência do presidente”.
Presidente de honra do PSDB, FHC afirmou também que, se tudo continuar como está, com a desconstrução da autoridade e com tentativas de obstruir investigações, “não vejo mais como o PSDB possa continuar no governo”.

Nesta quinta-feira, foi a vez do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), o presidente interino do partido, contrariar as decisões da executiva nacional. “Estar dentro do governo significaria continuarmos dentro de um sistema que temos que mudar. Não temos condições éticas e morais para tentar mudar isso estando no governo”, disse, em entrevista à Folha de S.Paulo.

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“Praticamente com todo o seu gabinete preso, processado ou pego em flagrante, e as próximas gravações contra ele, ele precisa muito rapidamente comprovar sua inocência”, argumentou, referindo-se a Michel Temer.

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