Pastor Ariovaldo: pronto! O Senado acaba de congelar o país por 20 anos.

Pronto! Segredo desvendado!

Acaba de ficar claro o porquê um cargo da república foi adulterado em suas prerrogativas, o cargo ainda é de poder, mas, não é mais de ascensão. Governa o Senado, mas, não sucede mais o Presidente da República. E, se o Presidente, por ventura, tiver de ser sucedido pelo ocupante desse cargo, novo casuísmo terá de ser articulado.

Pronto! O Senado acaba de congelar o país por 20 anos, a partir de 2017!

Segundo analistas internacionais, começamos nossa escalada rumo ao subdesenvolvimento nos moldes de nações africanas, como, por exemplo, o Sudão.

Esse movimento antecede a reforma da previdência que nos condenará, se votada como proposta, ao trabalho até morrer, tendo em vista a expectativa de vida brasileira, que, com a aprovação da PEC 55, deve diminuir, ainda mais.

Pronto! Os que mantiveram no poder um réu por corrupção, não terão o seu poder questionado, a figura do abuso não será considerada como possível, uma vez que até o uso da exceção foi admitido como norma, com perdão do oximoro.

Pronto! A Elite subdesenvolvida conseguiu elevar o país à categoria de “republiqueta de bananas”, com a anuência dos doutos! Ou seria melhor republiqueta dos bananas?

A nostalgia escravagista, qual fantasma de um passado jamais esquecido, e ainda desejado, um desencarnado que, qual o personagem de Dona Flor e Seus Dois Maridos, do célebre Jorge Amado, não consegue se libertar desse plano, tamanho o desejo da viúva, que não consegue se assumir, provocando, assim, que, quem nem deveria ser fantasma comece a ganhar o espaço do presente.

Pronto! Congelada a Saúde; congelada a Educação; congelada a Previdência, os senhores da Casa Grande retornam aos séculos 17, 18 e 19: a era da escravidão!

Pronto! Não conseguimos ocupar o país e eles tomaram o país de nós outros!

Pudera, também! As centrais não se articularam, as frentes não se acertaram, ficamos todos a disputar quantos gatos pingados, isoladamente, conseguíamos por nas ruas, seguindo nossas bandeiras da exclusividade de quem deseja vender-se como a verdade única.

Pudera, também! Desde os primeiros embates, abrimos mão do direito, pois, por causa de antipatias ideológicas, um grupo estava pronto a chamar novas eleições num ambiente onde deveríamos ter exigido, de forma incondicional e inegociável, a normalidade democrática.

Pudera, também! Ficamos a nos perder no devaneio de que havíamos sofrido um temporário golpe de estado; que nada conseguiriam fazer contra o nosso campeão; e que, mui breve, retomaríamos o nosso lugar de direito; como se quem usurpa o direito o faça para, o mais breve possível, devolvê-lo, tão logo atinja seus intentos malévolos.

Bem disse Jesus de Nazaré: “Casa dividida não triunfa, pelo contrário, soçobra fragorosamente”! Mas, invocando, ainda, ao Cristo, nada precisa estar perdido, sempre é possível o arrependimento, com o seu consequente fruto, no nosso caso, a articulação eficaz… ainda dá tempo de ocupar o país… mas, a ocupação terá de ser radical, a tomada de um caminho de reformulação em todos os níveis… Precisamos deixar claro que não retornaremos às Senzalas!

Não verás

Não verás nenhum país igual este!
Onde falso mandante arrivista
Só cede ao mundo capitalista
Então, sem dó, nos faz afogar neste!

Não verás nenhum país igual este!
Onde político mor, nem eleito,
Só nos apresentará seu defeito,
Em nada importando quanto creste!

Não verás nenhum país igual este!
Pois é mesmo como sem o crer, leste…
Não requer mesmo corretor algum!

O chefe da malta vem do malfeito…
E, se caminhar assim, desse jeito;
Não mais verás, portanto, país nenhum!

Nosso luto tem de vir do verbo lutar!