Número de assassinatos no Brasil volta a crescer em 2017
São 155 assassinatos por dia, o que equivalente a seis mortes por hora em cada estado, e as características das mortes se repetem: ligada ao tráfico de drogas e tendo como vítimas jovens negros pobres da periferia executados com armas de fogo.
Por Nocaute em 21 de agosto às 09h38No primeiro semestre de 2017, no Brasil, foram registrados 28,2 mil homicídios dolosos, lesões corporais seguidas de morte e latrocínios, casos de roubos seguidos de morte, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública, divulgados pelo jornal Estado de S. Paulo. O número de assassinatos no Brasil aumentou, indicando uma crise na segurança pública.
O índice é 6,79% maior do que no mesmo período do ano passado e indica que o país pode retornar à casa dos 60 mil casos anuais.
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Ativista da ONG Anistia Internacional (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
A tendência, em 2016, era de redução do número de mortes violentas. Considerando dados da Secretaria de Segurança Pública, em 2015, foram mortos violentamente e intencionalmente 58.383 brasileiros.
Em comparação com 2014 (59.086), o número de assassinatos tinha diminuído 1,2%.
São 155 assassinatos por dia, o que equivalente a seis mortes por hora em cada estado, e as características das mortes se repetem: ligada ao tráfico de drogas e tendo como vítimas jovens negros pobres da periferia executados com armas de fogo.
Em julho, Pernambuco chegou a 3.323 homicídios. O número é superior ao registrado ao longo de todo o ano em 2012 (3.321) e em 2013 (3.100).
No primeiro semestre de 2017, o Brasil teve 1,7 mil homicídios a mais do que no mesmo período em 2016 – 913 foram em Pernambuco.
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Atlas da Violência
Em junho de 2017, o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgaram o estudo “Atlas da Violência“, analisando dados sobre homicídios no Brasil entre 2005 e 2015. A conclusão é de que homens jovens continuam são as principais vítimas (92%).
Em Alagoas e Sergipe a taxa de homicídios de homens jovens atingiu, respectivamente, 233 e 230,4 mortes por 100 mil homens jovens em 2015.
A cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 71 são negras. De acordo com informações do Atlas, os negros possuem chances 23,5% maiores de serem assassinados.
Na ocasião, o Ipea chegou a comparar os dados da violência no Brasil e no mundo e concluiu que todos os atentados terroristas do mundo nos cinco primeiros meses de 2017 não superam a quantidade de homicídios registrada no país em três semanas de 2015.
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José Neves da Silva
31/12/2017 - 21h17
A violência chegou ao limite da tolerância,mata-se por qualquer duas palavras.Isso se deve muito mais a fragilidade de nossas leis penais que beneficiam o criminoso homicida e pune as vítimas que choram os seus entes queridos,colegas ou amigos.A lei penal no Brasil tem muitas brechas que privilegiam os criminosos.Há casos de indivíduos criminosos que mataram suas vítimas de modo brutal, presos,julgados e condenado,ficam um terço da condenação na prisão,beneficiados pelos o privilégios que a lei penal oferece,saem para comemorar datas com suas famílias,uns nem voltam. outros embrenham novamente na sendo do crime.Os senhores políticos preocupados em satisfazer seus próprios interesses não se cuidam em formular novas leis penais que coíbam este estado de coisas.Outra, menor criminoso jamais deveria ser protegido,como se faz no Brasil;
Junio
29/12/2017 - 08h38
Ainda é pouco, a nova ordem mundial quer mais…..contiunuem a se materem pela boca e pelo pó….que.assim seja.
pedro da cruz
27/12/2017 - 08h13
é verdade o que ele fala nessa materia, outro dia vi uma pessoa com uma arma para matar um desconhecido, ele veio com uma prancheta e uma caneta e dale fazer pergunta para ter certeza que ele se encaixa na caracteristica: você é pobre, negro, etc no fim o entrevistado ficou com raiva tomou a arma do bandido. com essa matéria de papagaio de pirata,discurso de partidos de esquerda acha que o povo é burro que acredita em tudo que se escreve,esse pais que tem os jornalistas mais mentirosos do mundo, além de tudo isso e dados oficiais pode colocar o dobro de assassinato que ainda é pouco.
Roberto moreira
04/12/2017 - 11h08
Corretíssimo senhor Raimundo nonato.
parabéns pelo seu comentário.
Esses são os verdadeiros racistas.
RAIMUNDO NONATO OLIVEIRA SILVA
28/11/2017 - 11h34
Se nós temos uma população de jovens e de negros muito maior e a violência assola a todo, é óbvio que morrerão muito mais negros e jovens.
Os números da violência não tem nada a ver com a raça, cor ou idade, todos estamos sugeitos.
Ao meu ver, quem sai contando quantos brancos e quantos negros foram vítimas são pessoas racistas.
Warley
30/10/2017 - 14h00
E acabei de ler no El País que o desarmamento da população foi importante na luta contra os assassinatos.
Os números estão aí é militância nenhuma poderá esconder os fatos. População armada não se deixa oprimir, seja por criminosos ou ditadores.
roberto
06/11/2017 - 14h24
Certo… desarmamento serviu sempre para governos de intenções ditatoriais passarem a ter uma população dócil, para eles dominarem… Brasil, abra o olho.
SILVIO BRAGA
10/10/2017 - 16h37
Por favor, vcs devem ter um pouco mais de responsabilidade ao divulgar informações.
“equivalente a seis mortes por hora em cada estado” isto é impossível, é importante divulgarmos números, mas pelo menos revisem as suas informações: 6 mortes/hora/estado x 24 horas x 30 dias x 6 meses x 26 estados = 673.920 mortes em seis meses no Brasil.
CUIDADO COM O QUE SE FALA.
ROBSON TAYLOR DE BARROS
23/08/2017 - 11h28
Tecido Social. Em relatório do IPEA, em torno de 300 e poucos municípios temos mais da metade dos homicídios. Os problemas sociais ampliam as possibilidades de homicídios. Devemos melhorar a estrutura educacional, social e de moradia e alterar as formas punitivas em relação aos delitos praticados.
Jesus Silveira Machado
22/08/2017 - 10h41
São 155 vitimas diárias. Apenas lamentamos e choramos.
Na Espanha, um atentado com 15 mortes mobilizou o mundo.
Falta Deus no coração de alguns brasileiros que espalham o terror.
Para piorar aparece Michel Onfray, lê-se (Onfré) negando a existência de Jesus Cristo.
Sugiro dar atenção a Roger Scruton, que esta batalhando para que todos voltem a ter fé.
Sugiro que cada um faça um pouco de reflexão sobre o modo de vida que leva. Evitando alimentar ódio, rancor, impaciência, inveja, gula, orgulho e desprezo.
Eu já estou fazendo minha parte.
Jesus Silveira Machado