Nesse mar de delações, algumas questões de fundo começam a ser delineadas

Já que temos de recuperar a democracia, ataquemos, também, recuperada a democracia, as causas fomentadoras do golpe. Por Ariovaldo Ramos

 

Por Pastor Ariovaldo Ramos

 

Nesse mar de delações, algumas questões de fundo começam a ser delineadas:

primeiro, num sistema eleitoral de voto proporcional, a gente vota em quem mais aparece, não, necessariamente, em quem a gente conhece. Para o candidato aparecer ele vai precisar de muito dinheiro; temos de alterar o sistema de voto e de financiamento; aí teremos de encarar a questão da representatividade.

segundo, a democracia é a menos pior forma de administrar os conflitos dos vários grupos sociais que convivem na sociedade moderna. Sempre haverá lobby; precisamos organizar, repúblicamente, o acesso dos vários grupos à possibilidade de influenciar o poder, assim como precisamos regulamentar o necessário controle social.

terceiro, o caixa 2 não é apenas um subterfúgio dos políticos, é a realidade brasileira dos relacionamentos comerciais. Segundo se diz à boca pequena, não são poucos os que recebem “por fora”, ou os que emitem “meia nota”. Temos de enfrentar a questão da sonegação, assim como a confusão na tributação, além de fazer uma reforma tributária que onere o capital em favor do trabalho.

Já que temos de recuperar a democracia, ataquemos, também, recuperada a democracia, as causas fomentadoras do golpe.

Nosso luto vem do verbo lutar!

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