MPF investiga denúncias de tortura de soldados em Goiás
Os militares envolvidos foram presos administrativamente por 72 horas e as vítimas foram transferidas para evitar contato entre denunciados e denunciantes
Por Nocaute em 19 de outubro às 12h25
Foto: Divulgação
O Ministério Público Federal em Goiás instaurou um inquérito para apurar denúncia de tortura, maus tratos e assédio moral contra ao menos quatro soldados do Exército de um batalhão de Jataí, sudoeste do estado.
Os militares envolvidos foram presos por 72 horas e as vítimas foram transferidas para evitar contato entre denunciados e denunciantes.
De acordo com o procurador da República Jorge de Medeiros, responsável pelo caso, a defesa dos soldados entregou, na terça-feira (17), a denúncia formal acompanhada de arquivos de áudio e vídeo que corroboram as práticas dos crimes. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, na representação que deu origem ao inquérito, consta que, no ato da apresentação dos novos soldados ao batalhão, todos foram instados a dizer se eram “petistas ou defensores dos direitos humanos”. Os que assim se identificaram, segundo a denúncia sob investigação, passaram a ser alvo de uma série de perseguições por parte de seus superiores hierárquicos.
De acordo com matéria do G1, há um vídeo que mostra um soldado sendo agredido com pisões e chutes na cabeça enquanto faz flexões. Ele teria ficado três dias fora do quartel e, no retorno, ao invés de uma punição prevista no regimento, ocorreu essa prática.
Há também um áudio com conteúdo racista, em que um superior diz ao soldado que ele “é preto, feio e não pode mudar isso”.
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