MBL não existe: foi um fantoche para dar o golpe em Dilma Rousseff

Ao MBL, movimento que se ergueu sob a máscara da imparcialidade e do discurso antipartidário, resta conversar com o PSDB e tentar uma sobrevida.

 

Meu nome é Danilo Strano, e este é o Horário Strano.

Hoje eu vou falar sobre o MBL, Movimento Brasil Livre. Será que esse movimento existiu e hoje perdeu força, ou ele é uma farsa?

Na última semana, os membros do MBL fizeram uma reunião com a juventude do PSDB para articular, vejam vocês, as eleições de 2018. Vejam vocês, as eleições de 2018. O movimento que se disse, e surgiu independente, se juntando e conversando com um partido político de direita no Brasil.

Não bastassem as provas que mostrassem que o MBL foi financiado por partidos de direita desde o seu início, agora, a máscara da imparcialidade cai, e eles assumem que estão conversando com o PSDB para articular candidaturas para 2018.

Nas eleições de 2016, alguns membros do MBL foram candidatos. No ápice de sua existência, o MBL conseguiu eleger apenas oito vereadores pelo Brasil. Apenas oito vereadores pelo Brasil, com apoio da mídia, com apoio dos partidos de direita e dinheiro dos grandes empresários.

Esse resultado pífio nas eleições já mostra que o MBL não tem força popular. E isso foi visto nas manifestações seguintes do MBL. O Movimento não conseguiu puxar ninguém para as manifestações, e por isso parou de chamar novas manifestações. Ou seja, o movimento que surgiu para pedir o impeachment de Dilma não conseguiu colocar mais ninguém nas ruas para tirar Temer.

O MBL passou vergonha na última manifestação que pediu no Rio de Janeiro. Tinham mais manifestantes contra o MBL do que a favor do MBL – na própria manifestação chamada por eles.

O que eu quero mostrar com isso é que o MBL nunca teve força. Ele nunca teve representatividade dentro da sociedade. Na verdade, ele funcionou como uma marionete para dar um tom de imparcialidade no golpe feito contra a presidenta Dilma Rousseff. Apoiado pela grande mídia, pelo grande capital, pelos partidos de direita, o MBL não teve força nenhuma para se segurar depois que perdeu esses apoios.

O Kim Kataguiri por exemplo perdeu a coluna que tinha na Folha e fez um escândalo nas redes sociais. Chorou, ficou de “mimimi”.

Além disso, a fonte financeira deste movimento que eram os partidos de direita e os grandes empresários também pararam de investir neles. Ou seja, hoje o movimento não consegue levar ninguém nas manifestações.

Então, na verdade, a conclusão a que se chega é a seguinte: o MBL nunca existiu. Foi um fantoche. Enquanto movimento popular, nunca existiu. Foi um fantoche da grande mídia, do grande capital e dos partidos de direita para consolidar o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff com tom de neutralidade.

Enfim, não tem muitas possibilidades para os membros do MBL. Abandonados, talvez a única saída seja essa mesmo: conversar com a juventude do PSDB e tentar uma sobrevida dentro do partido de direita.

2 Comentários

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Carlos Valentin

25/08/2017 - 12h50

“Social demoniocracia”

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C.Poivre

24/08/2017 - 23h46

Para entender a ignorância que domina os comentários nos blogs, nas redes sociais, entre os golpistas, seus apoiadores, demotucanos e peemedebistas em geral:

A IGNORÂNCIA É SOCIALMENTE CONSTRUÍDA
(Slavoj Zizek em seu livro “Problema no Paraíso”, fls.83/84):

“[…] De um modo muito semelhante ao conhecimento, a ignorância também é socialmente construída, em todos os seus cinquenta tons, desde a simples ignorância direta, em que nem sequer sabemos, até ignorar polidamente o que sabemos muito bem, e cobrindo todos os níveis intermediários, em particular o Inconsciente institucional. Lembremos a apropriação liberal de Martin Luther King, em si mesmo um caso exemplar de desaprendizagem. Henry Louis Taylor recentemente observou:
Todo mundo sabe, até um garoto pequeno, que o momento mais famoso da vida de Martin Luther King foi o discurso ‘Eu tenho um sonho’. Ninguém consegue ir além dessa sentença. Tudo que sabemos é que esse cara tinha um sonho. Não sabemos que sonho era esse.'[…]”.

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