Maia diz que votar impeachment de Temer traria instabilidade política
“Acho que a Câmara já julgou os fatos que estão no pedido de impeachment na [votação da] denúncia. Se a gente ficar remoendo o mesmo assunto, a gente só vai gerar instabilidade no Brasil”, declarou Rodrigo Maia.
Por Nocaute em 21 de agosto às 14h16
Deputado Rodrigo Maia (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
Existem 22 pedidos de impeachment contra o presidente Michel Temer na fila para serem analisados pela Câmara dos Deputados. Se depender do presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia, eles vão continuar sem apreciação.
“Acho que a Câmara já julgou os fatos que estão no pedido de impeachment na [votação da] denúncia. Se a gente ficar remoendo o mesmo assunto, a gente só vai gerar instabilidade no Brasil”, declarou à imprensa, antes de participar de um evento sobre reforma política promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo.
O assunto veio à tona depois de o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cláudio Lamachia, entrar no Supremo Tribunal Federal (STF) com um mandado de segurança, com pedido de liminar, para obrigar o presidente da Câmara a analisar os pedidos de impeachment.
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No dia 25 de maio, a OAB protocolou na Câmara um pedido contra Temer tendo como base as gravações entre ele e o empresário da JBS Joesley Batista.
Maia considera que as acusações contra Temer já foram analisadas pelos deputados no dia 2 de agosto, na votação em que a Câmara rejeitou a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente.
“Nós vamos, agora, fazer o mesmo processo de impedimento, com as mesmas informações que nós temos, é querer parar o Brasil. Não me parece a coisa mais razoável”, argumentou. O deputado também negou que haja demora em analisar o tema. “Os pedidos de impeachment na Câmara e no Senado correm no seu tempo”, acrescentou.
Reforma Política
Maia defende o texto da reforma política que deve ser discutido na terça-feira (22) pelo plenário da Câmara. Para ele, criar o “distritão” abre espaço para renovação nos cargos eletivos. “Acho que o sistema majoritário sempre renova mais que o sistema proporcional, que é muito conservador do que qualquer sistema majoritário”.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 77/03 propõe a mudança do sistema proporcional para as eleições de deputados e vereadores para a modalidade chamada distritão, pelo qual são eleitos os candidatos mais votados, sem considerar a proporcionalidade dos votos recebidos pelos partidos e coligações.
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“Tem um texto que vai fazer uma transição com o sistema atual para o sistema majoritário, que vai caminhar, em 2022, para o distrital misto. Dessa forma eu acho que é um ganho para o Brasil, já que os dois extremos, os dois polos de sistema que são defendidos não tem votos sozinhos para a sua vitória. Nem o distrital, nem a lista fechada consegue construir a maioria”, disse.
Críticos da reforma política defendida pelo PMDB e pela base aliada do governo Temer afirmam que o sistema majoritário vai dificultar a renovação dos nomes escolhidos para o Legislativo e que favorecerá as campanhas que têm mais dinheiro.
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OMAR TELADA
22/08/2017 - 11h22
ESSE É UM OFFICEBOY DOS MAIORES CORRUPTOS DO BRASIL.
NÃO TEM ÉTICA NEM MORAL PARA OCUPAR CARGO PÚBLICO NO PAÍS. É UM GAROTO DE RECADOS. LEVA E TRÁS QUE OBEDECE E EXECUTA TUDO QUE OS CORRUPTOS MANDAM.
AINDA VAI SER PRESO.