De Washington, Alex Main analisa a perseguição a Lula. Por Aline Piva

Vemos que colocam acusações sobre o suposto apartamento do presidente Lula. E daí conseguiram tirar a conclusão de que ele é o “comandante” de toda a operação Lava Jato.

 

Bem, quero comentar um pouco o que acaba de acontecer com o anúncio da denúncia formal contra Lula da Silva e também sua esposa e outras pessoas. Creio que, primeiro, aqui pelo menos o que se nota é um pouco a falta de profissionalismo dessa gente que está encarregada dessa investigação penal muito séria, contra um ex-presidente do Brasil, aonde vemos que, bem, colocam acusações que, já eram conhecidas, sobre o suposto apartamento do presidente Lula e sobre as reformas que fizeram nesse apartamento. E daí conseguiram tirar a conclusão de que ele é o “comandante” que está por trás de toda a operação chamada Lava Jato. E sem dar nenhum tipo de evidência, e além disso, falando de um caso que, se realmente houve violação da lei, creio que seja algo muito pequeno se comparado às acusações de corrupção que enfrentam pessoas como Eduardo Cunha e outros, acredito que não tenha nada que ver. Então, daí tiram essa ideia de que o presidente Lula está por trás de tudo isso. E parece muito pouco profissional e muito pouco responsável daí dizer que, bem, ele é o chamado “comandante” de toda a operação. Bem, isso é o primeiro eu notaria. E o outro é que um pouco o timing, não? Porque isso está ocorrendo neste momento? E acredito que fica bastante evidente que, bem, estão em campanha, uma campanha eleitoral neste momento, no Brasil, e claro que se espera que, segundo os prognósticos, o Partido dos Trabalhadores não vai se sair muito bem nessas eleições. O Partido dos Trabalhadores tem ainda um líder, que tem certa popularidade, e creio que, inclusive dentro das pesquisas ainda é a figura política mais popular, e é o presidente Lula, essa pessoa que pode mobilizar melhor que qualquer outro político do PT os eleitores. E bem, creio que com o que está acontecendo, me parece evidente que há interesse em tirá-lo do jogo para que não possa fazer campanha tão facilmente, participar dessa campanha e mobilizar eleitores. Acredito que esse é um primeiro elemento. E segundo, mais ao longo prazo, e sabendo que segue sendo a figura política mais popular – muito mais popular – que o atual presidente de fato Michel Temer, bem ele representa uma grande ameaça política de que poderia regressar a esquerda ao poder em 2018. Então não tem um juízo, acusações muito importantes – ainda que haja alguma coisa certa por trás dessas acusações, o que eu não sei, mas não creio que tenha muito peso -, mas estão colocando isso para gerar ruído e com a ideia de que de aqui a 2018 podem conseguir desacredita-lo e realmente fazer todo o necessário para que não possa participar da campanha e das eleições presidenciais de 2018. Então isso é um pouco a visão que tenho da situação nesse momento aqui desde os Estados Unidos.

Um comentário

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Dário Longati

05/10/2016 - 11h42

Este texto americano, EUA, diz exatamente o que está a acontecer no Brasil, A política do Brasil, seus políticos, não conseguem vencer em eleições democráticas, eleições livres e democráticas, sem compras de votos, então tem que aplicar o Eterno Golpe Brasileiro desde seu descobrimento pelos portugueses, em 1.500. O PSDB de FHC, o Lesa Pária, por quatro eleições fizerm o que era certo e o q

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