Ana Roxo quer saber: por que pobre vota em rico?

Para ela, só existe uma explicação para esse fenômeno brasileiro: disforia de classe. Veja se você é um disfórico classista.

 

Porque pobre vota em rico? Vamos elaborar alguns conceitos a partir disso. O primeiro conceito que eu gostaria de jogar na roda, criado por mim mesma, é o conceito de disforia de classe. Se você não sabe o que é disforia, é um termo emprestado da discussão de identidade de gênero, e disforia literalmente significa: sensação vaga, subjetiva e indeterminada de mal-estar. Quando a gente está falando de disforia de gênero é uma sensação vaga, subjetiva de mal-estar com o gênero que você nasceu, com o seu corpo, não sei, não quero entrar nessa discussão, é muito complexa. O que seria então disforia de classe, é um nome bonito pro bom e velho “come mortadela e arrota peru”, não, mortadela não pode falar mais, “come apresuntado e arrota presunto de Parma”. Disforia de classe é um pobre que acha que é rico. Qual a solução para disforia de classe? A consciência de classe. Você é dono dos meios de produção? Não. O Paulo Skaf te ligou? Não. Você foi no show fechado da Bebel Gilberto nas olimpíadas? Não. Então você é pobre. Todo dia acorda e olha pro espelho e fala: “eu sou pobre, pobre, pobre de marré, marré, marré”. Conscientize-se disso, você é pobre. Quando eu falo isso, as pessoas ficam muito ofendida, parece que eu estou chamando elas de um nome muito feio. Mas gente, tudo bem você ser pobre, acolhe no seu coraçãozinho, vai ser melhor pra você. Se conscientiza disso, não é feio, só é pobre, está tudo bem. O segundo conceito que a gente tem que pensar é a ascensão do neoliberalismo como a única ideologia possível. Com o neoliberalismo vem a meritocracia, o self made man, a proteção da propriedade privada, a individualização do sucesso e do fracasso. E tudo isso está tão dentro do nosso pensamento que as pessoas não conseguem imaginar outras possibilidades de mundo, porque essa possibilidade de mundo que tem aí, não é única. O neoliberalismo se tornou tão naturalizado que as pessoas não percebem que isso é uma ideologia, porque a gente fica assistindo filme sobre isso, propaganda sobre isso, todo discurso empreendedor é sobre isso. A ponto de se eu falo, os grandes empresários donos dos meios de produção são seus inimigos porque você é pobre, as pessoas ficam em desespero, mas se não tiver empresários quem vai pagar os nossos salários? Como consequência da vitória da ideologia neo-liberal a gente tem a derrota de uma ideologia de esquerda, derrota de uma ideologia socialista e derrota de outras pautas para o mundo, de outros modos de viver. Então a ideologia neo-liberal dominou o mundo, onde ela não dominou os Estados Unidos levou exércitos, então ela dominou o mundo, não tem escapatória. Então fica muito difícil você fazer a criatura imaginar uma possibilidade nova de vida, quando ela acha que só tem uma possibilidade. E a única possibilidade dela é enriquecer, coisa que a gente sabe que quatro pessoas farão. É desesperador! Toda vez que eu falo que eu sou de esquerda eu me sinto meio o wood e o stock sabe? Eu me sinto uma velha, hippie. Eu não sou velha, nem hippie. Quarto ponto, quer dizer, eu não sei se é quarto, me perdi nos números. O próximo ponto que a gente tem que analisar, é todo discurso anti-esquerda, anti-PT e, principalmente, o discurso anti-política. Como se o político e o fazer política fosse uma coisa de gente meio vagabundo e ladrão, que só pensa em se dar bem. Não que não tenha gente meio vagabunda e ladrão que só pensa em roubar e se dar bem, mas a política não se resume a isso. Então, a falta de uma cultura política e a falta de recurso de um diálogo na classe média e mais baixas, enfim, na nossa classe, na nossa “pobrice”, faz com que a gente fale: ai não, se ele não é político ele é bom, ah, esse aí não está metido em política, ele é novo ou ah, ele é rico, ele não precisa roubar, só que já roubou né querido, se ele não roubou ele explorou. Lembrando uma frase maravilhosa do Augusto Boal: “políticos são todos os atos dos homens”. Considerando todas essas coisas ditas, podemos aferir, portanto, que o pensamento político do pobre brasileiro deveria ser objeto de psicanálise, porque, com a disforia de classe, com a falta de consciência de recurso político que ele tem, e com essa mídia golpista, não aguento mais falar sobre isso, e com essa mídia golpista, o que acaba acontecendo é que ele não vota num igual. Ele vota na projeção do sonho de consumo neoliberal dele. Eis porque, votamos, elegemos ‘Dórias’, ‘Aécios’, ‘Fernandos Henriques’. Qual seria o plural de Fernando Henrique? ‘Fernando Henriques’, ‘Fernando Enriques’. Então, ele não vota em quem ele é. Ele vota em quem ele quer ser, o fato dele fazer isso significa que o que ele quer ser, ele nunca será.

50 Comentários

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Alessandro

06/08/2017 - 19h24

Onde o socialismo deu certo mesmo? Há, antes que alguém conteste, sou pobre mas luto diariamente para sair dessa condição. Por que? Ora, pois não sou demagogo e sinto dentro de mim uma pitada bem forte de ambição. Estou pobre, mas penso e estou agindo como os ricos agem. Um dia chego lá.

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José Eduardo de Camargo

11/01/2017 - 19h00

Perfeito! Enfim, trata-se da ideologia da prosperidade que nos foi imposta pelos EUA desde a ditadura militar. E tem um detalhe que os pobres que se espelham nos ricos ou os elegem esquecem e que é fatal: Assalariado nunca fica rico! E muito dificilmente pequenos e médios empreendedores também.

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sebastião farias

10/01/2017 - 11h31

Senhores, dentro da ótica de falta de consciência política de nosso povo, o que é verdade e o maior gargalo para que nossa democracia seja real, conscinte e forte. Em função disso, lhes Pergunto: 1) quem de vocês, sabe ou lembra, o papel e responsabilidade constitucional dos Poderes Legislativos e de suas Comissões de Fiscalização e Controle (CFC´s), como representantes e Fiscais proativos, que são e, primem pela monitoria em tempo real, da conformidade correta da aplicação dos recursos públicos, pelos Poderes Executivos, em benefício da população?
2) Quem dos senhores conhece o Presidente e membros das CFC´s, da Câmara Municipal e/ou da Assembléia Legislativa de seu município ou Estado?
3) Quem sabe o que fazem, quem sugere alguma coisa, quem acompanha ou cobra satisfação, seriedade e presença efetiva dos Presidentes e Menbros das CFC´s (de Obras, de Educação, de Segurança, de Saúde, de Meio-Abiente, de Agricultura, de Trânsito, de Trabalho, etc,) dos Poderes Legislativosos (municipais e/ou estaduais) como representantes e fiscais constitucionais do povo, que são, exigindo como “patrão que é”, pois todos os cidadãos/contribuintes, são patrões das autoridades, dos juízes, dos parlamentares e dos servidores públicos, junto aos trabalhos de interesse da população executados pelos Poderes Executivos dos municípios e/ou Estados, boa funcionalidade, equipagem e qualidade dos serviços públicos prestados ao povo?
4) Cobrança de Fiscalização proativa e séria, com presença efetiva e periódica dos Presidentes e Membros das CFC´s competentes, em relação às aquisições e na construção de obras públicas de interesse da população, praticados pelos Poderes Executivos municipais ou estaduais, exigindo-se em cada etapa das operações, Relatórios Públicos do andamento dos objetos, que confirmem a conformidade da boa aplicação dos recursos, do cumprimento do cronograma, da comformidade e qualidade técnica do projeto e certificação de sua funcionalidade, após sua conclusão, antes que seja entregue para uso da população.
Agindo assim, estaríamos dando os primeiros passos rumo à conscietização de nosso povo. além de contribuirmos para a melhoria da boa aplicação dos recursos públicos e para minimizarmos os desperdícios e o fomento da corrupção, desvios éticos e de condulta esses, que de forma imparcial e de cunho ideológico, deverão ser tratados como crimes hediondos e punição exemplar, no mesmo nível de traidores da pátria.
Contribuam com isso e, defendam, para que todas as escolas, organizações da sociedade, sindicatos, associações diversas, partidos políticos, igrejas, etc, possam ter acesso a essas sugestões, que são gargalos da democracia e, para que discutam e aperfeiçoem esses temas, para o bem de todos, para a valorização da boa política e para a conscientização de nossos cidadãos.
Conforme a Constituição Federal, todo o poder, liberdade, democracia e justiça que são dons de Deus, emanam do povo e, somente, em seu nome e bem-estar, devem ser exercidos, através do voto democrático. Daí, ser muito importante que o povo em geral, estudantes, professores, formadores de opinião que defem o Brasil, Padres, pastores , políticos, instituições de fiscalição e controle interno e externo, etc, consultem mais a CF, as Constituições Estaduais, as Leis Orgânicas Municipais e, passem a darem mais importância e a cobrarem responsabilidades também, nos casos de corrupção e desvios de dinheiro públicos, aos representantes e fiscais do povo, os Presidentes das Mesas Diretoras, os Presidentes e Membros das Comissões de Fiscalização e Controle (CFC´s) dos Poderes Legislativos municipais e estaduais.
São essas, as nossas sugestões e contribuição.

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Regia

22/12/2016 - 08h49

a ideologia não é reflexo mecânico das condições de vida. Mais ainda, em uma sociedade classista, a ideologia dominante (isto é, que domina) é aquela que representa os interesses desta classe dominante. Oras, não é a classe dominante que é dominada por sua ideologia! São as classes dominadas que são dominadas pela ideologia alheia. Os mecanismos ideológicos não são puramente “escolhas” de modo de pensar, nem “anseios” pessoais. Fossem assim, e a revolução seria algo espontâneo ou doutrinário, ou intuitivo, etc.
Ana Roxo, existe um conceito menos comentado nas obras de Karl Marx que dizia que o socialismo nascia de dentro do capitalismo, assim como o comunismo era fase posterior ao socialismo. Mesmo assim, mesmo Karl Marx esperava que politicamente seria capaz de forçar as rodas da história a completar suas voltas numa velocidade maior, de modo mais breve (abreviar o parto de uma nova sociedade), mas o que o seculo vinte mostrou (provou) é que o capitalismo tem folego porque ele não se desenvolveu plenamente em todos os confins da terra, nem de cabo a rabo de uma sociedade. Então como fazer nascer das entranhas de um sistema que mal saiu da infância e (ainda pior) vive como se estivesse nas ultimas, como se estivesse em sua fase geriátrica? Uma fruta que corre o risco de apodrecer sem amadurecer?
Portanto, na minha opinião, o problema não é da esfera individual (pobres que não se auto-reconhecem e que aspiram pertencer a classe do que domina). Seria o mesmo que pensar que o problema da escravidão dos escravos tivesse sido de um ou outro escravo que tivesse empatia pelos escravocratas. A historia mostra que a luta dos escravos foi determinante no processo, mas também o desenvolvimento de novas formas de produção que não dependiam do trabalho escravo e eram mais “produtivas” e tornaram-se reais alternativas à produção escravocrata.
Agora venhamos e convenhamos, fazendo o mea culpa. Um governo de “esquerda” que em 13 anos tirou 40 milhões da linha da pobreza e SÓ. Não se esqueça que o número mágico da linha da extrema pobreza é renda mensal de até R$ 77 (cerca de 2 reais por dia, que não paga nem um bilhete de ônibus urbano muito menos permite que alguém deixe de ser extremamente pobre). Então se queria o que? Outros 13 anos?
Eu acho que entre uma direita assassina e uma esquerda piadista os brasileiros não tem real escolha e isto se comprova nesta situação desesperadora em que se encontra uma população atolada em merda, com esgotos a céu aberto, montanhas de lixo espalhados nos centros urbanos e rurais, enfim, e não adianta vir pagar moral defendendo os que estiveram 13 anos no governo e na conseguiram nem fazer maioria no legislativo e/ou judiciário.
Faz-me lembrar as parábolas dos talentos. Recebendo-os e não os fazendo multiplicar, é um inútil que será (a)tirado (fora).
Por 13 anos fizemos uma merreca em relação ao que podia ter sido feito (e devia ter sido feito). Não é deixando um saldo de “trozentos” bilhões como a presidenta defende ter deixado. Era ter feito esta economia girar e o pais ter acabado com os bolsões de miséria e merda flutuante.
Que os golpistas vão fazer melhor? Claro que não. São golpistas, saltitadores, ladrões que não estão lá para governar para o social. Mas fazer social não é fazer a merrequinha que os 13 anos de governo de esquerda fez.
Chorar quem tem de chorar é quem tem de aguentar o fracasso da social democracia brasileira. E se fingir não ser pobre ajuda, que finjam. Porque ninguém é obrigado a ser masoquista. E que não votem em pobres, porque ninguém é obrigado a votar em si mesmo ou ter orgulho de sua pobreza só para fiar bem na fita.

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isaias baptista monteiro

13/12/2016 - 10h56

O plural de Fernando Henrique, e Fernando Enricamos

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Ricardo Gualda

11/12/2016 - 18h10

A meritocracia está para o capitalismo como a igualdade está para o socialismo.

Responder

Genivaldo Noronha

11/12/2016 - 17h29

Seu comentário é simplesmente perfeito.. Show!! Parabéns .. Simples e certeiros.

Responder

Antonio Paz Lima Filho

21/10/2016 - 22h20

Ana você alem de bonita é muito inteligente, gostei da matéria, trabalho desta natureza tem que ser mostrado à todo Brasil pra ver se abre a cabeça das pessoas ( pessoas pobres ).¨Certo operário disse para o colega:não votarei nesse candidato pobre, e o outro, por que? votar em pobre é pedir esmola pra dois”. Eu também queria saber se a população de São paulo é quase toda pobre, porque votar em Dória é o fim não da pobreza mas da inteligencia!!!

Responder

Davii

21/10/2016 - 14h35

Porque empresario rico financiou e votou no Lula?

Responder

    Luiz Santos

    22/10/2016 - 00h27

    Essa é fácil, porque ele fez a maior expansão de consumo da história do país, o empresário para atender essa demanda necessitaria de dinheiro “barato” para montar a sua indústria para atendê-lo. Lula emprestou essa grana e o empresariado se fartou de ganhar dinheiro. Próximo!

jose roberto

18/10/2016 - 16h07

Que discussão mais sem pé nem cabeça…a propaganda eleitoral serve pra que? Pra escolher o mais capacitado…a esquerda teima em jogar brancos contra negros….nordestinos contra sulistas..pobres contra ricos héteros contra gays….tem que escolher quem tem experiencia….colocaram um cara despreparado no poder e deu no que deu a esquerda se ferrou por causa do juiz Moro;;pq se dependesse do STF ela se perpetuaria no poder…onde esses regimes de esquerda deram certo? É muito bonito dar leite para todos…mas primeiro temos que ter vacas suficientes

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    Antonio Jose Benedito

    19/10/2016 - 08h10

    José Roberto voce é o retrato do texto: pobre. Só que voce se acha rico. Eu sou pobre e não me envergonho disso e diferentemente de muitos pobres não preciso dos programas assistenciais do governo,pois ,sou autonomo e trabalho muito. Só que defendo com unhas e dentes os programas assistenciais e todo e qualquer projeto de inclusão social.Pessoas como voce sempre vão beijar as mãos dos ditadores, golpistas e abjetos. Eu, apesar de não ser filiado a partido algum, defendo com ressalvas os governos do PT. Pode não ter sido tudo que a gente esperava, mas, que a educação, a inclusão, a brasilidade , o combate fome e a liberdade para se combater a corrupção foram a tônica dos governos de Lula e Dilma, isso não podemos omitir. Mas, como certos pobres ou a maioria, gosta de gastar muito para disfarçar a pobreza e parecer o que não é…. O resultado é tudo que está acontecendo. O ilegitimo infame traidor golpista apoiados por pessoas como voce, tomando medidas contra os mais pobres e alavancando olucro da elite, que propagandeia que voce faz parte do seleto grupo. Mas… idolatrar plutocratas, burguesia faz parte da índole dos escravos. Eu, apesar de pobre, luto e lutarei sempre contra essa idiotização e sofisticação dos neoliberais. O Brasil é de todos e principalmente dos mais necessitados que são a imensa maioria desse país.

Pablo

18/10/2016 - 11h26

Tá legal, eu aceito o argumento, mas se vamos analisar a sociedade com uma visão classista, vamos parar de falar de “classe média”;existem duas classes, o proletariado e a burguesia, dentro deles há camadas, então falemos das camadas médias.
Se reproduzimos o discurso da burguesia, eternamente continuaremos dependente dela.

Responder

Zé AB

17/10/2016 - 17h00

Prezada Ana
Por favor, defina se você aceita o socialismo como ele realmente deve ser. Daí, eu pergunto: se sim, você seria capaz de entregar tudo ao Estado e ficar somente com o que este lhe desse?

Responder

    Luiz Santos

    22/10/2016 - 00h34

    Eu sugiro que você estude sobre socialismo, porque socialismo nada tem a ver com entregar tudo para o Estado e esperar que ele lhe devolva. Na verdade, de maneira utópica, é claro, o socialismo é um processo de “destruição” do Estado como conhecemos, descentralizando a riqueza, ao tirar os meios de produção das mãos dos intermediários (burguesia/capitalista) e criando grupos cooperativos onde os trabalhadores desse grupo gera e divide toda a riqueza entre si. Mas uma coisa posso te garantir, entregar tudo para o patrão e esperar que ele lhe devolva, é uma tolice sem tamanho.

    Zé AB

    31/12/2016 - 13h23

    Ok! Mas, e aí, entregaria ao Estado ou não?

José AB

17/10/2016 - 16h55

Prezada,
Por favor, defina se você aceita o socialismo como ele realmente deve ser. Daí, eu pergunto: se sim, você seria capaz de entregar tudo ao Estado e ficar somente com o que este lhe desse?

Responder

Leôncio Oliveira

11/10/2016 - 12h05

Nunca vi tanto disfórico junto. Pura sandice. Parece até que só tem pobre no PT. Disfórico é ter estudado e não procurado se esclarecer. MAX era pilantra. Não é ninguém para ser seguido. Os países que aderiram a sua teoria são fracassados e passam fome.

Responder

    Tatiana Fadel

    12/10/2016 - 22h20

    Engraçado. Nunca ninguém fala do sucesso do capitalismo em Serra leoa ou Guiné Bissau…

    Shasça

    06/11/2016 - 01h00

    MAX?!

rafael

08/10/2016 - 12h45

O sonho do socialismo… tão lindo quanto utópico. Talvez quando as AI atigirem uma fase onde sejam capazes de dicernimento passando a gerencia do sistema social a elas essa utopia funcione, mas por enquanto com a gerência na mão do ser humano está eternamente fadado a ruina..

Responder

Liana

07/10/2016 - 15h32

Adorei o video! Voce abordou um tema serio de uma maneira engracada.

So fiquei com uma duvida: ok, o cara vota no Doria pq ele eh rico, mas o que dizer do Haddad, Suplicy, etc, etc, etc, etc, etc…ufa, tem tantos etcs! Eles sao todos ricos tambem!
BTW, talvez o Haddad soh nao foi reeleito por causa daquela jaqueta ridicula querendo fazer as vezes de quem ele nao eh.
risos

Responder

    Adyneusa

    11/10/2016 - 00h00

    Vc acaba de confirmar o texto.

    Luiz Santos

    22/10/2016 - 00h38

    Haddad não é rico, é um professor de classe média. Idem para Suplicy, que está sempre metido nas tretas entre os pobres pés rapados e a PM de São Paulo que enfia a bordoada neles. Nenum político hoje em dia faz isso. Detalhe: Doa todo o salário dele, pois é aposentado e disse que o que ele ganha, já é o suficiente para ter uma vida confortável. Que tal pesquisar a vida das pessoas antes de falar delas?

Denise Araújo

06/10/2016 - 22h45

Ana Roxo, döi ser tão maravilhosa assim?

Responder

Colar com diamante de pobre – humor e sarcasmo na joalheria

06/10/2016 - 17h49

[…] como nada dura para sempre, com o rebaixamento do povão ao seu devido lugar após o golpe, talvez só usando agora um colar com diamante de pobre para tentar manter, salvar as […]

Responder

maria moraes

06/10/2016 - 17h06

Uma vez o Joazinho Trinta, aquele da Escola de Samba Beija-Flor falou a propósito de uma crítica ao luxo de seu desfile, que ele queria sim muito brilho na sua escola porque “pobre gostava de luxo, quem gostava de pobreza era intelectual”. Pois é…

Responder

ILMA JUNQUEIRA DE QUEIROZ

06/10/2016 - 12h49

Excelente !!!!!, como é difícil pobre entender, quem de fato é !!!! tudo por conta da DISFORIA, ou lhe falta mesmo um acompanhamento Psicológico ou Psiquiátrico??? Ou esqueceu mesmo de tomar o tal do Gardenal ???

Responder

martha

06/10/2016 - 10h49

Sim, Ana, é desesperador. O Brasil é o país da Casa Grande e da Senzala, como diz o Mino Carta, e pelo visto assim continuará por muitos e muitos séculos. Os 350 anos de escravidão não poderiam dar em coisa boa, parece que a senzala passou a amar o chicote. Socialismo é um conceito jamais absorvido por uma sociedade escravagista em sua alma, que nunca prezou o bem público nem a democracia. Chego à conclusão, depois de seis décadas de vida e muita luta, sempre na esquerda, que o período vivido desde a Constituição de 88 foi apenas um sonho. Agora acordamos e caímos na real.

Responder

Maurilio

06/10/2016 - 07h25

Por que pobre vota em rico? Difícil…. as respostas são muitas. Vejam o caso do PT, por exemplo. Abandonou a presidenta Dilma na hora em que ela mais precisava da ajuda do partido. Seus integrantes estavam muito ocupados fazendo coligações em quase 1.700 municípios do país! Inclusive com partidos que votaram SIM pelo impeachment! O PT, se quiser sobreviver, tem que voltar aos velhos tempos, voltar às ruas, de onde nunca deveria ter saído…

Responder

Maria Helena

06/10/2016 - 06h55

Verdade, pobre detesta pobre e nem vota nos seus pares!!!

Responder

ZFrancisco

06/10/2016 - 00h32

Concordo com vc Ana (“Ele vota em quem ele quer ser…”), mas eu acho que tem outra coisa que faz ele votar em quem vota. É, na minha opinião, um fenômeno velho conhecido do pessoal de marketing, que é o fato da imagem ter um poder enorme, é como se aquilo que vemos é a (única) verdade. Ou seja, se vemos na TV algo e não temos (o que eu conheço como) defesas mentais, corremos o sério risco de acreditarmos que as imagens que vemos são a pura realidade dos fatos. Um exemplo disso é algo que (sempre achei estranho e) vira e mexe ocorre com as novelas de sucesso: tipo a/o atriz/ator está andando na rua (indo pra casa ou restaurante ou fazendo compras, etc.) e é interpelado, em geral, por uma fã que lhe diz “ô fulaninha, não trate mal o beltrano, coitadinho…” ou qualquer outra coisa do gênero. Quer dizer, a pessoa sabe que a atriz/ator está apenas desempenhando um papel na novela, que ela não é a “fulaninha” e, no entanto, ainda faz o pedido pra aliviar a barra do outro. Voltando pro voto, o sujeito vê o larápio todo bonzinho um zilhão de vezes e acaba acreditando que ele é bom mesmo e, claro, vê outros candidatos sendo demonizados a todo momento e acredita serem demônios mesmo e vai se deixando arrastar pela massa, tipo “se todo mundo tá falando, deve ser mesmo…”. E se alguém tenta alertar contra o engodo em que estão caindo são os primeiros a opor argumentos fora da realidade. Eu conheço vários ingênuos úteis que se acham muito espertos, coxíssimos. Bom, era isso. Parabéns pelo vídeo, ficou muito bom! Bjs. Z

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Anísio Pinheiro

05/10/2016 - 23h24

Pobres que votam em ricos são abéculas… Incapazes diante da necessidade de discernir… E me parece que estes fazem questão de se manterem nesta condição…. Subservientes.

Responder

David

05/10/2016 - 20h59

Dolorosamente correta.

Responder

    Maria Helena

    06/10/2016 - 06h53

    Verdade, pobre detesta pobre!

Paulo Reis

05/10/2016 - 19h55

Ana Roxo por que se fala tanto em pobres? E não em trabalhadores em suas diversas áreas de atuação, somos nós que fazemos a roda girar, se o trabalhador para o mundo para. Não há escola sem professores, cinema, restaurante, etc.. Se o site no qual você postou esse vídeo trava, quem entra em ação? Técnicos!!!
Somos governados por uma cleptoplutocracia rentista e, infelizmente “nós”, sem nenhuma consciência de classe. Parece que vivemos em um eterno loop temporal…

Responder

    Luiz Santos

    22/10/2016 - 00h44

    Pobre = Todos que não detém os meios de produção. Dá igual se é trabalhador, professor, um gerente que ganha um bom salário, etc… Todos são pobres no conceito que ela explicou no início do video. Só que para o tupiniquim, pobre é pejorativo, como se ele não fosse também pobre.

Kátia Mars

05/10/2016 - 17h12

Concordo com tudo o que você disse, Ana, mas o socialismo não é algo tão distante e inatingível, não é necessário atingir um ideal utópico para resistir ao neoliberalismo, é só defender os direitos que ainda nos restam e desejar uma sociedade um pouco mais igualitária e justa. Os estados de bem-estar social dos países nórdicos resistem ao neoliberalismo e vão muito bem, obrigado. As pessoas poderiam ver neles um modelo alternativo ao capitalismo predatório e selvagem.

Responder

    Marcus Aurélius

    05/10/2016 - 22h25

    Kátia Mars, falou tudo!
    Aqui ainda confundem socialismo com comunismo e vice versa. Ninguém cita o socialismo dos países nórdicos, da espanha, da frança, da Irlanda, e até ano passado da Inglaterra.
    Desconfio se é desconhecimento mesmo ou pretesto revolucionário.

    Marcelo Moura

    05/10/2016 - 22h48

    Simples….Pobre vota em rico para permanecer pobre…..

    Ana Roxo

    06/10/2016 - 06h23

    Oi, Katia,
    EU tb concordo com vc, não acho distante. Mas vc já tentou convencer um “jovem empreendedor futuro milionário” disso? Ou uma pobre com disforia de classe? Os que eu converso simplesmente me xingam ou, na melhor das hipóteses, entram em parafuso total. Aí me xingam de novo. rs.

    Allex

    07/10/2016 - 15h48

    Só um porém: países nórdicos não são socialistas.

    Luiz Santos

    22/10/2016 - 00h48

    Allex, os países nórdicos aplical a SOCIAL DEMOCRACIA, no seu estado mais puro.
    Você sabe o que é SOCIAL DEMOCRACIA? Nada mais é que um socialismo moderno.

Elvira

05/10/2016 - 15h24

Análise perfeita. O pobre vota na imagem do candidato que ele gostaria de ser e nunca será. É de chorar.

Responder

Eliane

05/10/2016 - 14h58

Desculpa aí o teclado do meu galaxy J5. Letras maiúsculas para todos os lados. Não consigo arrumar esse Bug.

Responder

Eliane

05/10/2016 - 14h54

Ah esquci de dizer vc é muito simpática e bonita. Adoro como vc explica. Vc é brilhante!

Responder

Eliane

05/10/2016 - 14h49

Caramba Ana essa análise foi tuuudo! Concordo em tudo. Ah eu sou pobre assumida. Não tenho Ap em NYC, não viajo, é nem tenho trust, não tenho empresas e nem tenho empresa para roubar. Minha conta tem uma merreca e ando de metrô com bilhete único. Dempregada desde 1990, me Mato de tanto trabalhar por conta própria. É ainda faço faculdade (publica) mesmo que muitos pensem que lá Não é meu lugar, já que faculdade é para quem não trabalha. Só para os bem nascidos.

Responder

Afroportugues

05/10/2016 - 14h22

Podemos também chamar de síndrome de Estocolmo ou no popular masoquismo.

Responder

helio gaziolla

05/10/2016 - 13h50

Pobre vota em rico porque é pelego e fdp.

Responder

joao vitor B.Cruz Santos

05/10/2016 - 13h22

Gostei rs

Ps: você é linda *-*

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