Você corta um verso, eu escrevo outro.
Você me prende vivo, eu escapo morto.
De repente, olha eu de novo…

Na manhã de hoje, terça-feira, o blogueiro Eduardo Guimarães, editor do Blog da Cidadania, foi levado coercitivamente pela Polícia Federal para depor na sede paulista da PF, na Lapa. É apenas mais um passo do desgoverno de ladrões para intimidar e silenciar a imprensa independente. Vão dar com os burros n’água.

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A primeira medida do Postiço Michel Temer, logo que sentou praça no Palácio do Planalto, foi cortar toda a publicidade dos blogs independentes. Ele achava que ia calar a boca da moçada, mas o tiro saiu pela culatra. Além de não conseguir silenciar ninguém, o Postiço viu subir o tom das críticas a seu desgoverno e à quadrilha que ele levou para Brasília. Mais do que isso: mesmo sem receber um figo podre de publicidade, novos blogs surgiram – como o nosso Nocaute – e vão continuar crescendo e se multiplicando, como cogumelos venenosos.

 

Como o corte de grana não deu certo, o Postiço passou ao desforço físico. Meses atrás o jornalista Breno Altman, do blog Opera Mundi, foi levado coercitivamente pelos tonton macoute da Polícia Federal para fazer um depoimento em Brasília. Tive a honra de ter sido testemunha de defesa do Breno e o desprazer de ter sido interrogado pelo juiz Sérgio Moro. Como estava sendo acusado de nada, zero, Breno foi absolvido semanas atrás.

 

Hoje foi a vez do Eduardo Guimarães, valente editor do bem informado Blog da Cidadania, que anunciou, um ano atrás, que a Federal iria levar o ex-presidente Lula para depor – também coercitivamente, à força, sob vara.

 

Às seis da manhã de hoje os tonton macoute levaram Eduardo Guimarães, que até agora, onze da manhã, continua da sede da Federal, na Lapa.

 

Esta postagem – e sei não falo apenas em meu nome – é para fazer uma advertência ao Postiço. Valho-me, para tanto, do fragmento de outra canção que fez muito sucesso nos anos sessenta: pode me bater, pode me prender, pode até deixar-me sem comer, mas eu não mudo de opinião.

 

Desiste, Michel Temer. Você perdeu.

 

2 Comentários

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Denise

21/03/2017 - 13h27

Falando em música. . . Há mais de ano, desde a condução coercitiva do Lula que não consigo parar de, tristemente, cantarolar essa aqui.
Acho que é do Gonzaguinha embora a rádio cabeça só me traga a gravação do MPB4:

“Tá certo, doutor

(Dá licença, dá licença, ó o menino com meningite aqui, dá licença,
Afasta aí
Dá licença, dá licença, dá licença, dá licença)

É um atentado à moral e aos bons costumes vigentes, um certo inconveniente
Deixar este homem doente perambular pelas ruas a cometer tais falcatruas
Incompatíveis com os estatutos dessa gafieira,
Dançar dessa maneira, desrespeitando o salão, desfigurando o padrão
Fere as normas do edital de formação da nossa firma atual

Esse homem está enfermo, nem precisa exame sério, seu mal está constatado
Depressa, põe no hospital!

Deve ficar bem isolado, em quarto bem fechado
Sem portas ou janelas, pois pode ser contagiante
Dieta mais que rigorosa, medicação bem adequada e muita observação
Pra que não haja agravantes
Em tempo hábil deve ir até o centro de controle para testar sua boa condição,
Se está fechada a ferida

Seu caso deve ser anotado, o seu mal ser vigiado ele requer muita atenção
Seu caso deve ser anotado, o seu mal ser vigiado ele requer muita atenção

Pois traz perigo à nossa vida
Não dou amparo, nem guarida
Dou guaraná, com pesticida
Pra acalmar minha dormida
Não tô afim de pôr em risco a minha condição”

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