“Nenhuma sanção dos EUA vai amedrontar a Venezuela”, diz Delcy Rodríguez

Departamento do Tesouro dos EUA anunciou novas sanções a lideranças politicas venezuelanas como punição por terem participado da organização ou apoiado a Assembleia Constituinte da Venezuela.

A presidente da Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela, a deputada constituinte Delcy Rodríguez, criticou as sanções econômicas impostas pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos a cidadãos venezuelanos na quarta-feira (9).

“Rejeitamos as sanções ilícitas que pretendem amedrontar os constituintes em seu compromisso de defender o povo da Venezuela. Nenhuma sanção do império, violadora do Direito Internacional, vai impedir que os constituintes atendam ao chamado de defesa da Venezuela. Os Estados Unidos utilizam sanções ilícitas para atender à classe oposicionista mais entreguista, apátrida e criminosa que a Venezuela já teve”, escreveu Delcy Rodríguez no Twitter.

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Estados Unidos sancionam mais oito líderes venezuelanos – entre eles Adán Chávez, irmão do comandante Hugo Chávez.

Junto do irmão do presidente Hugo Chávez (1999-2013), Adán Chávez, também foram incluídos Francisco Ameliach, Hermann Escarrá, Erika Farías, Carmen Meléndez e Darío Vivas, deputados constituintes e ex-funcionários do governo.

Na prática, a atitude adotada pelo Departamento do Tesouro norte-americano significa que as pessoas sancionadas terão seus vistos para os EUA revogados e bens congelados – no caso daqueles que possuem recursos guardados em instituições financeiras norte-americanas. Também estabelece que seus cidadãos não se relacionem com os venezuelanos da lista, o que dificulta reuniões para firmar acordos comerciais ou parcerias científicas, por exemplo.

Depois, o governo venezuelano emitiu um comunicado oficial rechaçando a medida. São “sanções unilaterais, ilegais e que violam o direito internacional contra oito cidadãos e cidadãs, quem eles pretendem criminalizar pela sua participação em um processo democrático, constitucional e emanado da vontade soberana do povo venezuelano”.

“Nada nem ninguém vai deter o poder reparador da Assembleia Constituinte! Chegamos para fazer o bem a defender a paz dos venezuelanos”, completou a deputada, ex-ministra das Comunicações e das Relações Exteriores.

Érika Farías, ex-governadora e ex-ministra, também respondeu às sanções. “Hoje, o império tenta nos amedrontar com sanções. Não poderão conosco @NicolasMaduro (…) As sanções e arremetidas do imperialismo yankee ratificam que optamos pela ação correta! A defesa da pátria!”, escreveu no Twitter.

Francisco Ameliach, ex-governador de Carabobo, afirmou: “Não há império que dobre os meus princípios bolivarianos, anti-imperialistas e profundamente chavistas. A pátria não se vende, se defende”.

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Venezuela: Perguntas e respostas sobre a Constituinte

Em 31 de julho, um dia após os venezuelanos votarem para escolher quem serão os deputados constituintes, o governo dos Estados Unidos anunciou uma sanção a Nicolás Maduro. Uma semana antes, os EUA já haviam punido individualmente 13 membros do governo venezuelano.

Delcy Rodríguez também criticou outras tentativas externas de enfraquecer a Constituinte e o governo. Depois de o Mercosul anunciar, no último sábado (6), que suspenderia a Venezuela, ela disse que a medida viola as normativas do bloco e reforçou que o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Aloysio Nunes, é um “chanceler de fato”, pois compõe um governo que não foi eleito pelo voto direto.

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