Lembra da “caravana democrática” a Caracas? Metade está na lista do Fachin.

Ao chegar em Caracas o veículo em que a comitiva estava foi alvejado por mangas podres atiradas pelos manifestantes, que gritavam "fora" e "Chávez não morreu, se multiplicou".

 

Em uma abafada tarde de junho, dois anos atrás, desembarcou de um jato da Força Aérea Brasileira no Aeroporto Internacional Simón Bolívar, em Caracas, uma nutrida delegação de oito senadores brasileiros. Com despesas cobertas pelo contribuinte, suas excelências lá estavam com o humanitário objetivo de visitar presos políticos encarcerados pela ditadura bolivariana.

 

Mal pisaram em território venezuelano. Minutos depois de deixar a estação de passageiros, a van que os transportava foi alvo de uma tempestade de mangas podres, atiradas por membros dos Coletivos Chavistas de Maiquetía, cidade onde se situa o aeroporto internacional (a viagem e a hora do desembarque estavam em todos os jornais). Os parlamentares brasileiros deram meia-volta e retornaram a Brasília sãos e salvos.

 

Duas semanas atrás, antes que o circo golpista pegasse fogo, esteve no Brasil a senhora Lilian Tintori, mulher de Leopoldo López, um dos dois “presos políticos” que a delegação brasileira tentara visitar. Foi recebida, entre outros, pelo presidente Postiço Michel Temer, pelo governador paulista Geraldo Alckmin e, claro, pelo hoje senador afastado Aécio Neves.

Imagino que a esta altura do campeonato o presidente Nicolás Maduro deve estar saboreando o noticiário recente do Brasil. Dos oito senadores da chuva de mangas, quatro estão a caminho do cadafalso, acusados de crimes diversos pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal.

 

A lista dos acusados de malfeitorias começa pelos líderes da caravana a Caracas, Aécio Neves (PSDB-MG) e Aloysio Nunes (PSDB-SP). Aécio, afastado do cargo pelo STF, é alvo de cinco inquéritos por delitos de corrupção passiva e corrupção ativa, lavagem de dinheiro e fraude a licitações.

 

 

Aloysio Nunes, atual chanceler brasileiro, é acusado de receber R$ 500 mil ilegalmente na campanha para o Senado em 2010, corrupção passiva e corrupção ativa e é suspeito de crimes de lavagem de dinheiro, crime contra a ordem econômica e fraude a licitação.

 

Os outros dois valentes defensores dos direitos humanos dos venezuelanos, Cássio Cunha Lima (PSDB – PB) e Ricardo Ferraço (PSDB – ES), são acusados de crime de caixa dois nas campanhas de 2010 e 2014 para o Senado.

 

E isso sem levar em conta o mega vazamento dos grampos armado por diretores da JBS Friboi. Os venezuelanos ainda vão rir muito nas próximas semanas.

 

Assista aqui cenas da comitiva sendo escorraçada:

 

5 Comentários

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Gilbert Man

23/05/2017 - 17h45

Ao invés de idolatrar uns e crucificar outros…mostre as verdades dos dois lados…quem sabe você ganhe notoriedade… e as pessoas possam acreditar nas “tuas” reportagens…defendemos o Brasil e não um partido!!! pense a respeito, mas…se tu és daqueles que só vê um lado, sinto dizer, és alienado!!!

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    [email protected]

    24/05/2017 - 12h27

    Alienado, esse termo pra quem escreve essas informações sobre um episódio de notoriedade mundial é cabível? Alienado é quem fica cá com a boca escancarada cheia de dentes esperando o bem bom acontecer e usufruir sem muito trabalho. Desculpe mas vamos combinar. Paz paz

Maria Cecília Ferreira

23/05/2017 - 07h06

Boa lembrança da lambança em terras alheias com dinheiro público. Correção: o ministro do STF é Luiz Edson Fachin e não “Celso” Fachin, como está no texto. Abs Att. Maria Cecília

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José Eduardo Garcia de Souza

22/05/2017 - 22h18

Sempre é bom lembrar que a famosa delação da JBS – a ser comprovada – abarca também a ex-Presidente Dilma, o ex-Presidente Lula (que acaba de se tornar hexa-réu pelo sítio de Atibaia) e muitos outros mais outros admiradores de Chávez e Maduro. Sem contar com as delações de “Xepa” e “Feira”, nas quais Chavez e Maduro entram como recipientes de gordas somass – muito superiores às gastas nesta viagem em pauta – pagas, direta ou indiretamente pelo contribuinte brasileiro sem o seu conhecimento. Maduro tem muito mais com o que se preocupar – e até chorar – com o que já há de sobra na Venezuela contra ele do que o que possa haver no Brasil a seu favor…

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    Maurício Gonçalves

    23/05/2017 - 09h42

    Pombas José, com tantas provas ainda tentas defender teus bandidos de estimação??

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