Governo Trump avalia opções para tirar Maduro do poder, diz secretário de Estado

Depois das sanções individuais, departamento de Estado anuncia articulação para desestabilizar a Venezuela

O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, afirmou os Estados Unidos “estão avaliando as opções” para tirar Nicolás Maduro da Presidência da Venezuela.

“Estamos avaliando todas as nossas opções de políticas para criar uma mudança de condições [na Venezuela], seja levando Maduro a concluir que não tem futuro e fazendo com que ele saia por vontade própria, ou nós podemos devolver os processos de governo à sua ordem constitucional”, afirmou Tillerson.

O secretário de Estado disse que os EUA tentaram “se aproximar” da Venezuela por meio de instituições como a OEA (Organização dos Estados Americanos). “O que queremos ver na Venezuela é o retorno a sua Constituição, a realização de eleições e que o povo venezuelano tenha voz em um governo que mereça”.

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O embaixador da Venezuela na OEA, Samuel Moncada, repercutiu, em seu Twitter, o comentário de Tillerson. Segundo ele, o secretário de Estado dos EUA “trabalha para derrubar o presidente venezuelano, Nicolás Maduro”: “CIA contra Venezuela: Secretário Tillerson impunemente trabalha para derrubar o presidente Maduro. Coalizão do mal arremete contra a democracia”.

Para Moncada, esta foi “a mais descarada das ameaças dos EUA contra a Venezuela desde 1902”, chamando de “loucura do império”. Moncada lembrou também que Tillerson era chefe da petroleira norte-americana Exxon Mobil Corporation e que “agora usa o império para assaltar o petróleo do povo”, afirmou.

5 Comentários

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Erton Birk Teixeira

03/08/2017 - 19h37

Que os EUA intervenham primeiro na Arabia Saudita, em situação muito pior que a Venezuela.

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CLAUDETE TEIXEIRA DUARTE

03/08/2017 - 15h47

ESPERO FORTEMENTE QUE A RÚSSIA INTERVENHA A FAVOR DE MADURO

ASSIM COMO ESPERO FORTEMENTE QUE INTERVENHA NO BRASIL

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    José Eduardo Garcia de Souza

    03/08/2017 - 17h14

    Putin não faria e não fará nenhuma das duas coisas, já que: 1) Ele tem acordos com Trump que pré-datam a eleição do Trump, tendo-a, inclusive, influenciado. Algo que agora está sob investigação no Congresso Norte-Americano; 2) Não há a menor condição de Putin intervir no Brasil, seja econômica ou militarmente.

José Eduardo Garcia de Souza

03/08/2017 - 15h14

É claro que Maduro vai sair, de um jeito ou de outro. Depois do retorno à prisão de Leopoldo López e Antonio Ledezma em local não divulgado, da divulgação da farsa das urnas da “Constituinte” comprovadada tanto pela Smartmatic quanto pela Reuters, da recusa latinoamericana maciça e da União Européia em reconhecer o resultado desta “eleição”, Maduro já deveria ter tido o bom senso de ver que não detém a menor condição de governar quem e o que quer que seja. A sua teimosia em permanecer no cargo apenas poderá intensificar a agonia do povo venezuelano – algo que não poderá ser tolerado, seja a nível interno seja a nível internacional.

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    Edson Nicolowsky

    03/08/2017 - 22h52

    Se USA forçar a barra vai ter guerra civil. O Exercito Venezuelano segue firme com Maduro e está bem armado com equipamentos russos e chineses.

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