Deputado da oposição fala em provocar violência para forçar intervenção estrangeira na Venezuela
"Para chegar a uma intervenção estrangeira, é preciso passar previamente pela etapa atual de violência", diz parlamentar da oposição
Por Nocaute em 08 de julho às 15h25O deputado venezuelano Juan Requesens, membro do partido Primero Justicia, afirmou publicamente que os protestos violentos feitos pela oposição são uma estratégia necessária para conseguir uma invasão estrangeira no país e derrubar o governo de Nicolás Maduro.
“Para chegar a uma intervenção estrangeira, é preciso passar previamente pela etapa atual de violência”, afirmou. A declaração foi feita em um evento público do qual ele participava, na Universidade Internacional da Flórida, em Miami, em 5 de julho, dia em que a Venezuela celebra sua independência da coroa espanhola.
Segundo Juan Requesens, é preciso impedir a governabilidade de Maduro e obter apoio da opinião pública internacional. E, se a oposição conseguir paralisar a Venezuela mas, ainda assim, acontecer normalmente a eleição para a Assembleia Nacional Constituinte, haverá uma guerra.
“Eu não sei o que vai acontecer neste país, nem posso dizer a vocês que o Nicolás Maduro vai cair amanhã, nem que esta é a cura para todos os males”, afirmou.
Aos 28 anos, Requesens iniciou sua carreira política como liderança do movimento estudantil há dez anos, na Universidade Central da Venezuela, em Caracas, no curso de Ciência Política. Em 2015, foi eleito deputado.
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Foto: Telesur
Em 2014, esteve à frente de uma jornada violenta de protestos contra o governo, em que aconteceram diversas guarimbas por todo o país – tipo de manifestação que fecha estradas, ruas e avenidas, impedindo a passagem de veículos.
Os guarimberos são um grupo de aproximadamente sete pessoas que, antes de amanhecer, constroem barricadas com caixas de madeira, sacos de lixo ou pneus e reforçam o bloqueio da via com fogueiras. De lá, atiram bombas de gás lacrimogêneo contra a Guarda Nacional Bolivariana ou contra quem quiser dispersá-los.
As guarimbas deixaram 43 mortos na Venezuela em 2014.
A íntegra de sua fala está disponível abaixo:
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João Carlos
10/07/2017 - 11h25
Um mero traidor da pátria venezuelana, no caminho atual e futuro de milhões de dólares de paga.
Traidores de pátria vão desde aqueles (inteligentes) postadores de comentários profissionais que justificam traidores da pátria como este deputado (sic) venezuelano, até aqueles que entregam o patrimônio do Brasil e dos brasileiros a preços vis aos estrangeiros, e depois vão morar em triplex em Paris, no metro quadrado mais caro do Mundo.
C.Poivre
09/07/2017 - 22h04
A violência sempre foi o recurso dos golpistas em toda a América Latina com o uso da Operação Condor para assassinar e sumir com dirigentes de Esquerda. No Chile e na Argentina foram verdadeiros massacres e a justiça contra os assassinos e torturadores foi feita de modo exemplar na Argentina e parcial no Chile. Não sei quanto aos demais países, exceto o Brasil onde os torturadores e assassinos da ditadura militar jamais foram responsabilizados.
Portanto não há surpresa alguma quando os suspeitos de sempre (os EUA) financiam e pregam abertamente o uso da violência sempre que perdem as eleições. Na época do saudoso Presidente Hugo Chávez os EUA injetaram milhões de dólares na Venezuela para subornar venezuelanos que se dispunham a provocar atos de violência contra o governo eleito. Está tudo documentado no livro “El Código Chávez” da jornalista estadunidense Eva Golinger.
José Eduardo Garcia de Souza
09/07/2017 - 00h43
“Os guarimberos são um grupo de aproximadamente sete pessoas que, antes de amanhecer, constroem barricadas com caixas de madeira, sacos de lixo ou pneus e reforçam o bloqueio da via com fogueiras. De lá, atiram bombas de gás lacrimogêneo contra a Guarda Nacional Bolivariana ou contra quem quiser dispersá-los.” Pela descrição feita na matéria, estas pessoas não são da Turma do Boulos/MTST? O Modus operandi é bastante parecido, até mesmo no berreiro que armam depois…